10/05/2021
Professor é condenado a 31 anos de prisão pela morte da advogada Tatiane Spitzner
CURITIBA – O professor de Biologia Luis Felipe Manvailer foi
condenado pela morte da mulher, a advogada Tatiane Spitzner, em julho de 2018,
em Guarapuava, Paraná. Ele vai cumprir pena por fraude processual, feminicídio
e ainda terá de pagar multa de R$ 100 mil por danos morais para a família da
vítima. Ele, que não poderá recorrer da pena em liberdade, foi acusado de
asfixiar a mulher e jogá-la do 4º andar do prédio onde moravam. A pena é de 31 anos, 9 meses e 18 dias. O julgamento,
conduzido pelo magistrado André Scussiatto, durou sete dias. Manvailer
continuará detido no Presídio Industrial de Guarapuava, onde já está preso há
dois anos e nove meses. Durante seu depoimento no domingo, 9, Manvailer chegou a
pedir desculpas à família de Tatiane pelas agressões, comprovadas por meio de
câmeras de segurança, mas negou assassinato. Antes da decisão, o júri chegou a ser adiado por duas vezes,
mas nessa terceira tentativa – que definiu a condenação - foram ouvidas 14
testemunhas e dois assistentes técnicos. Durante a manifestação da defesa, o advogado Cláudio
Dalledone, na tentativa de mostrar a inocência de seu cliente, simulou com a
advogada Maria Eduarda Lacerda uma cena que julgaria ter sido a ação de
Manvailer contra Tatiane. Na sequência, cujas imagens viralizaram nas redes
sociais, Dalledone segura a advogada com força pelo pescoço e ela quase cai no
chão. “Veja o pescoço dela como ficou”, disse o advogado, após protagonizar a
encenação. A assessoria do defensor foi procurada, mas não havia retornado o
contato até às 20h25. O crime O crime aconteceu na noite de 22 de julho de 2018. Manvailer
é acusado de ter jogado a esposa da sacada do prédio onde moravam, em
Guarapuava (258 quilômetros de Curitiba). Após isso, ele teria resgatado o
corpo na calçada, levado para o apartamento e em seguida tentou fugir para o
Paraguai, segundo a Polícia, mas sofreu um acidente e foi detido.
A discussão entre os dois teria ocorrido na noite de sábado,
na comemoração do aniversário de Manvailer, quando a vítima teria pedido para
olhar o telefone do namorado. Na época, ele tinha 32 anos e Tatiane, 29. Estadão
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