29/05/2021
Liberada vacinação de trabalhadores da educação e para todas as pessoas entre 18 e 59 anos
BRASÍLIA, DF - O Ministério da Saúde anunciou hoje (28) o
início da vacinação dos trabalhadores da educação no Plano Nacional de
Operacionalização da Vacinação contra a covid-19. O grupo já fazia parte dos
públicos prioritários e agora os estados começarão a receber doses para
aplicação nesses profissionais. Atualmente, os estados estão imunizando pessoas com
comorbidades e pessoas com deficiência cadastradas no Benefício de Prestação
Continuada (BPC). Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunização
(PNI), Francieli Fantinato, o ministério começará a destinar doses aos
trabalhadores da educação em paralelo aos grupos de pessoas com deficiência
permanente sem cadastro no BPC, população em situação de rua e funcionários e
população do sistema de privação de liberdade (prisões e unidades de internação
de adolescentes). A imunização dos trabalhadores da educação ocorrerá das primeiras
para as últimas séries, contemplando, nesta ordem: creches, pré-escolas, ensino
fundamental, ensino médio, ensino profissionalizante e Educação de Jovens e
Adultos (EJA). Em seguida, serão contemplados os profissionais da educação
superior. A medida foi adotada após ter sido detectada uma menor
procura por vacinação dos grupos prioritários em estados e municípios. “Essa
demanda reduzida pode estar relacionadas às superestimativas do grupo de
comorbidades, onde utilizamos dados da Política Nacional de Saúde, mas não faz
relação com as comorbidades do PNI, existindo uma margem de erro”, explicou
Francieli. “Enquanto estivermos vacinando grupos vulneráveis já vamos
abrir para trabalhadores da educação. Na sequência, quando concluir esses
grupos, inicia os outros segmentos: força de segurança e salvamento,
trabalhadores de transporte coletivo até o grupo 28 [do PNO]. São números
pequenos. Os quantitativos de vacina vamos dividir. Vamos fazer uma parte para
este segmento e uma parte por faixa etária”, comentou a coordenadora do PNI. A vacinação por faixa etária, para a população em geral,
seguirá a ordem decrescente. Como os idosos (60 anos +) já foram imunizados, o
ministério pretende vacinar as pessoas de 18 a 59 anos. O esquema de vacinação
terá início pelos mais velhos (59 anos). Francieli Fantinato acrescentou que os
municípios terão a flexibilidade de pactuar com os estados a aceleração da
imunização nos grupos do PNO e nas faixas etárias, caso complete segmentos. “A estratégia inicial é concluir até o grupo de
trabalhadores da educação, na sequência inicia o grupo 20 [forças de segurança]
e por faixa etária. Se o município tiver demanda reduzida, tem que fazer
trabalho de identificar pessoas, de buscar e se esgotar essas possibilidades já
pode abrir. O município vai ter que manejar isso e entender a sua população”,
explicou. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz,
destacou a autorização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
da possibilidade de armazenamento da vacina da Pfizer nas temperaturas entre
2ºC e 8ºC, por até 31 dias. Até então, o período máximo permitido era de cinco
dias. Com isso, disse Cruz, será possível enviar os imunizantes para mais
cidades, chegando ao conjunto dos municípios brasileiros. Vacinas em junho
O secretário executivo informou que, para junho, está
prevista a distribuição de 43,8 milhões de doses. Esse total será formado por
20,9 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca, produzidas pela Fiocruz; 6 milhões
da Coronavac (do Instituto Butantan); 4 milhões da Oxford/AstraZeneca pelo
consórcio Covax Facility; 842 mil da Pfizer pelo Covax Facility e 12 milhões da
Pfizer. Agência Brasil, com Foto: Arquivo/Codecom-PMCG
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