04/06/2021
Veneziano diz que decisão do Exército de não punir Pazuello abre “perigoso precedente”
BRASÍLIA, DF - O vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano
Vital do Rêgo (MDB-PB) lamentou profundamente que o Exército Brasileiro tenha
decidido não punir o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela
participação em um ato político com a presença do presidente Jair Bolsonaro, no
Rio de Janeiro, no último dia 23 de maio. Para o Senador, o Exército feriu gravemente o seu Regimento
Interno, já que ficou caracterizada “a prática de transgressão disciplinar” por
parte de Pazuello. O Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das
Forças Armadas proíbem a participação de militares da ativa em manifestações
políticas. No ato, Pazuello chegou a subir no trio elétrico com Bolsonaro e fez
até um discurso de apoio ao presidente. “É inaceitável que Pazuello não tenha sido punido. Até o
vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que veda
participação de militares da ativa em atos políticos para ‘evitar que a
anarquia se instaure’ dentro das Forças Armadas”, destacou Veneziano Vital. Nota do MDB-PB – Como
presidente estadual do MDB da Paraíba, Veneziano também assinou uma nota
emitida pelo Diretório Estadual lembrando que o partido, “criado pela
necessidade de defesa da ordem e da democracia em nosso Brasil, não poderia,
neste momento perigoso e inconsequente, se calar diante de tamanha falta de
respeito aos preceitos das Forças Armadas e de flagrante desrespeito ao povo
brasileiro, que não compactua com perigosas e ameaçadoras transgressões como
esta”.
Na nota, Veneziano disse ainda que a decisão de livrar o
general Pazuello de punição “é extremamente delicada e expõe o Brasil a um
risco enormemente perigoso, pois abre precedentes ameaçadores para a ordem no
País”. Assessoria
|