15/07/2021
VÍDEO: Jovem vestida de enfermeira é flagrada tentando levar bebê de maternidade
CURITIBA, PR - A defesa da mulher presa suspeita de tentar
levar um bebê da maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba, alega que
ela estava em estado depressivo após ter sofrido um aborto. Talita Meireles, de 23 anos, foi detida na noite de
segunda-feira (12) tentando deixar o hospital com um bebê no colo. Para ver o
vídeo postado no portal G1, clique no link disponibilizado ao final desta
matéria. Ela continua presa em flagrante, de acordo com a Polícia
Civil. O caso é investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente
Vítimas de Crimes (Nucria). Talita é suspeita do crime de subtração de incapaz. De acordo com o advogado Paulo Jean da Silva, Talita sofreu
um aborto no sexto mês de gestação, no final de junho, e está em estado de
depressão puerperal. "É o retrato de uma jovem mãe que teve um aborto do
primeiro filho e, em um momento de desespero e impensado, além do estado
depressivo puerperal, cometeu esse ato para tentar suprir sua carência de
mãe", afirmou o advogado. Segundo a defesa, a suspeita é "incapaz de responder
pelos atos". O advogado afirmou que vai pedir uma avaliação profissional
para que seja realizado um laudo sobre o estado de Talita para que ela seja
transferida para uma clínica. "Não estamos falando de uma criminosa, e sim de uma
jovem que, nesse momento, necessita de ajuda emocional e psicológica, e não de
uma cárcere", afirmou Paulo Jean da Silva. Versões A polícia investiga duas versões diferentes dadas pela
suspeita. No momento em que foi detida pela Polícia Militar, Talita afirmou que
venderia a criança para uma vizinha, em Colombo, na Região Metropolitana de
Curitiba, por R$ 10 mil. Depois, em depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que
sofreu um aborto em 27 de junho, que não contou para nenhum familiar e que iria
"dizer que o filho nasceu". "Eu ia dizer que nasceu, alguma coisa assim. Eu fiquei
muito desesperada. Eu não sei o que passou pela minha cabeça", afirmou
Talita em depoimento. O marido dela foi ouvido pela polícia e confirmou que não
sabia do aborto da esposa. Ao ser questionada sobre a primeira informação prestada aos
policiais, a mulher alegou que contou a história porque estava nervosa. Investigação A polícia também investiga como a mulher entrou no hospital,
colocou uma roupa de enfermeira e pegou a criança no quarto. Imagens de câmeras de segurança mostram Talita carregando a
criança no colo dentro do hospital. Ela foi impedida de sair do local com o
bebê porque estava sem uma pulseira de identificação. De acordo com a mãe do bebê, Pâmela Assunção, Talita entrou
no quarto onde ela estava vestida com um uniforme de enfermeira e disse que
levaria o recém-nascido para um exame. "Foi muito rápido. Eu estava no quarto sozinha com meu
filho, chegou essa mulher vestida de enfermeira e falou que ia fazer um exame.
Perguntei se eu precisava ir junto e ela disse que não, que o exame ia ser
rápido, em torno de 5 minutos. Eu falei tudo bem porque ela tava com a roupa
igual a das moças que estavam aqui trabalhando e eu acreditei nela", disse
a mãe da criança. De acordo com Pâmela, ela estranhou a demora para o retorno
do filho ao quarto e perguntou a uma enfermeira sobre a criança, quando foi
informada que uma pessoa estava tentando sair do hospital com o filho dela. Talita e o bebê foram levados para uma sala da Assistência
Social, onde a mãe verdadeira da criança identificou o filho. Em depoimento, a suspeita disse que encontrou a roupa de
enfermeira em um vestiário dentro do hospital. "Eu fui olhar as crianças. Eu comecei a olhar e ai eu
queria pegar um nenê no colo. Quando eu vi, tudo aconteceu. Mas eu não queria
fazer nenhuma maldade. Eu não queria causar nada", disse Talita em depoimento. Funcionários ouvidos pela polícia afirmaram não saber como a
mulher entrou no hospital. De acordo com eles, o acesso é controlado. De acordo com os depoimentos, na portaria, ao tentar sair do
hospital, a suspeita não vestia mais o uniforme de enfermagem. O que diz o hospital Em nota, o Hospital do Trabalhador informou que a mulher foi
barrada ao tentar sair do local com a criança. De acordo com a instituição, a
criança tinha uma pulseira de identificação e a mulher, não. Após ser barrada, a polícia foi chamada e a criança foi
devolvida à mãe. "Reiteramos que os procedimentos de segurança adotados
no Hospital foram efetivos bloqueando a tentativa deste crime. Importante
registrar que a Maternidade do Hospital do Trabalhador possui 27 anos de funcionamento
sem nenhuma ocorrência desta natureza, demonstrando a qualidade dos seus
protocolos de segurança", informou a nota.
Para ver o vídeo disponibilizado pelo portal G1, CLIQUE AQUI G1, com Foto: Reprodução/Hospital do Trabalhador
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