01/08/2021
Paraíba tem aumento significativo no número de casos da dengue, chikungunya e zika
JOÃO PESSOA, PB - A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por
meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, divulgou o boletim das
arboviroses do período de janeiro a 24 de julho de 2021. Foram registrados
6.982 casos prováveis de dengue, 4.413 de chikungunya e 718 da doença aguda
pelo vírus zika. Houve um aumento significativo em relação ao mesmo período do
ano passado. Só neste mês de julho, foram 2.300 novos casos prováveis de
dengue, 1.700 de chikungunya e 100% de acréscimo nos casos de zika, em relação
ao boletim anterior. Se comparar com o mesmo período do ano de 2020, houve um
aumento de 53% nas notificações de dengue; 331% de chikungunya e, para os casos
prováveis de zika, houve um aumento de 239%. Foram oito registros de óbitos suspeitos por arboviroses,
nos municípios do Conde (01), João Pessoa (05), Sapé (01), e Patos (01), sendo
quatro descartados e dois confirmados para dengue, em João Pessoa e Patos. Dois
continuam em investigação. No mesmo período de 2020, houve 01 óbito confirmado
por dengue, em Sapé, e dois casos confirmados por chikungunya, em João Pessoa. Em 2021, foram notificados 14 casos confirmados por vírus
zika em gestantes, por critério laboratorial, nos municípios de Baraúna (01),
Cabedelo (01), Campina Grande (01), Itapororoca (02), João Pessoa (04), Natuba
(01), Pedras de Fogo (01), Picuí (01), Queimadas (01) e São Vicente do Seridó
(01). Levantamento Rápido
de Índices para Aedes aegypti – LIRAa Até o fechamento do boletim, 209 municípios realizaram o
LIRAa. De acordo com os resultados enviados, 73 (34,92%) apresentaram índices
que demonstram situação de risco para ocorrência de surto; 107 (51,19%)
encontram-se em situação de alerta e 29 (13,87%) municípios em situação
satisfatória. 10 municípios (4,78%) apresentaram níveis do Índice de Infestação
Predial (IIP) zero. Recomendações Gerais No boletim, constam ainda várias recomendações. Algumas, por
conta do período de elevadas temperaturas e intermitência de chuvas, são
direcionadas às Secretarias Municipais de Saúde: - Intensificar as ações de modo integrado aos diversos
setores locais como infraestrutura, limpeza urbana, Secretarias de Educação,
Comunicação e Meio Ambiente, e outras áreas afins; - Sensibilizar a população quanto ao autocuidado para
eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para o
controle da dengue, zika e chikungunya; - Manter ativa a vigilância para notificação dos casos
suspeitos das arboviroses; -Investigar, acompanhar e encerrar os casos notificados para
dengue, zika e chikungunya; - Realizar coleta de material para confirmação laboratorial
de casos suspeitos, atentando para as normas e procedimentos de coleta
específicos de cada técnica/vírus; - Integração dos ACSs e ACEs no combate aos criadouros de
Aedes e na identificação/sinalização dos casos suspeitos. A técnica da SES, responsável pelas arboviroses, Carla
Jaciara, lembra que os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados
dentro de casa, quintais e jardins. “Daí, a importância das famílias não
esquecerem que, pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para
eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em
especial, lavar bem a caixa d'água e depois vedar”, ressaltou.
Carla ainda alertou para que a população fique atenta e não
deixe água acumulada em pneus, calhas e vasos, adicione cloro na água da
piscina e deixe garrafas cobertas ou de cabeça para baixo. “São medidas que
estamos sempre repetindo porque fazem toda a diferença para impedir o registro
de mais casos de arboviroses. Além de receber em casa o técnico de saúde,
devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”,
concluiu. Secom-PB, com foto: Pixabay
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