06/08/2021
Paraíba tem 2ª menor ocupação de UTI por pacientes com Covid do país, diz imprensa nacional
SÃO PAULO, SP - A Folha de São Paulo divulgou, nesta
sexta-feira (6), uma matéria na qual a Paraíba é apontada como o segundo estado
com menor ocupação de leitos de UTI por pacientes acometidos de covid-19, com
30% do total destes leitos preenchidos.
Em todo estado, já foi vacinada 64,44% da população acima de 18 anos com
pelo menos uma dose. A expectativa é concluir a aplicação da D1 neste grupo até
o final do mês de setembro.
A matéria lembrou ainda que a Paraíba registrou uma redução
de 50% no total de internações e óbitos por covid-19 nos últimos dois meses. O
município de Piancó apareceu como destaque, com uma queda de 80% na ocupação de
UTI e 70% de enfermarias no Hospital Wenceslau Lopes, referência para os casos
de covid-19 no município.
Contudo, o secretario de Saúde do estado, Geraldo Medeiros,
afirma que é preciso manter os cuidados, uma vez que já se observa o
crescimento na média móvel do ritmo de contágio (Rt). Essa taxa traduz o
potencial de propagação de um vírus: quando ela é superior a 1,0, cada
infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. O
secretário explica ainda que mesmo as cidades com Rt menor que 1,0, mas que
estão em crescimento dessa taxa, podem aumentar sua transmissibilidade e afetar
o sistema de saúde em até 15 dias.
A análise evolutiva do Rt na Paraíba (médias móveis de 14
dias) aponta que nas três últimas quinzenas houve quebra de estabilidade com
evolução positiva de 0,81 para 0,86 e agora para 0,88 no estado. Pelo menos 11
municípios registraram crescimento da transmissibilidade nos últimos 14 dias.
João Pessoa, com Rt de 0,93; Campina Grande e Cajazeiras, com Rt de 0,95;
Remígio, com Rt de 0,97; Guarabira, Itaporanga, São Mamede e Sousa, com Rt de
0,99; Picuí, com Rt de 1,03; Taperoá, com Rt de 1,05 e Princesa Isabel, com Rt
de 1,07.
Geraldo Medeiros faz um alerta sobre as cidades com maior
ritmo de contágio: “Os municípios onde essa taxa esteja acima de 1,0 podem
acelerar sua transmissibilidade e afetar o sistema de saúde em até uma semana”.
Ele lembra que ainda há variáveis que não se podem controlar, como a maior
circulação da comunidade escolar e a possível circulação da variante delta
entre os não vacinados e seus impactos. “Ainda temos que compreender qual a
escala de pressão que poderá ser vista sobre o sistema de saúde diante da
cobertura com primeiras doses da população vacinável em 64%”.
No mês de julho, 107 cidades paraibanas não registraram
nenhum óbito por Covid-19. De junho para julho, o número de mortes em
decorrência da pandemia no estado caiu de 796 para 386, uma redução de 51,5%. Secom-PB, com Foto: Arquivo
|