08/08/2021
Olimpíada de Tóquio chega ao fim com melhor desempenho do Brasil de todos os tempos
TÓQUIO, JAPÃO - A campanha brasileira na Olimpíada de Tóquio
terminou com a melhor performance do país em uma edição de Jogos Olímpicos. Por
diversas óticas, o resultado no Japão representou um marco, um avanço cinco
anos após sediar o evento. O quadro de medalhas mostrou o Brasil em 12º lugar, melhor
classificação na história. Em 2016, a posição final do país foi 13º. Segundo o critério de distribuição de medalhas de acordo com
o naipe, o Brasil também superou a campanha em casa, até então a melhor em
Jogos Olímpicos. A delegação conquistou exatamente a mesma quantidade de ouros
e pratas que há cinco anos (sete ouros e seis pratas), mas obteve dois bronzes
a mais (oito a seis). Estes dois bronzes foram a diferença também para registrar o
maior número total de pódios do país em uma edição olímpica. Foram 21, contra
19 no Rio. “Entregamos o que tínhamos como meta, que era superar o Rio
2016. Estar em 12° lugar no mundo, numa competição com 206 países, é um índice
importante. Tenho convicção que o trabalho foi feito com muito gosto, vontade e
determinação. Entregamos o que tínhamos como meta, e estamos satisfeitos com o
resultado”, disse o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo
Wanderley, em entrevista coletiva. Além de uma quantidade nunca antes vista, muitas das
conquistas do Brasil representaram também feitos impressionantes ou inéditos. Rebeca Andrade, da ginástica artística, foi a primeira
mulher brasileira a subir duas vezes no pódio em uma mesma Olimpíada (foi ouro
no salto e prata no individual geral). A skatista Rayssa Leal, de 13 anos, se tornou a medalhista
mais jovem da história olímpica do Brasil e a mais nova do mundo desde 1936.
Ela foi prata na prova do street. O tênis, com a dupla formada por Luísa Stefani e Laura
Pigossi, trouxe o bronze, primeira medalha olímpica da história da modalidade
para o Brasil. Em alguns casos, atletas brasileiros participaram de
momentos memoráveis dos Jogos. Alison dos Santos conquistou o bronze nos 400
metros com barreiras, em uma prova em que os três primeiros colocados superaram
o antigo recorde olímpico. No total, 13 modalidades diferentes medalharam para o país,
outra marca inédita. Segundo dados divulgados pelo COB, o investimento para a
Missão Tóquio 2020 ultrapassou os R$ 46 milhões. Agora, as premiações pelas
medalhas chegarão a R$ 4,6 milhões. “Nossa preparação para Tóquio começou em 2013, com um custo
total aproximado de R$ 65 milhões, sendo R$ 46 milhões esse ano. Esse custo
teve o impacto do enfrentamento à pandemia [de covid-19] e também uma variação
cambial de dólar e euro que trouxe grande impacto para a nossa organização. E
nós temos entregado os resultados esportivos. Foi assim no Pan de Lima, nos
Jogos Mundiais de Praia, em Doha, e foi assim em Tóquio”, revelou o
diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.
O Comitê Olímpico também divulgou que chegou ao fim dos
Jogos sem nenhum caso de Covid-19 na delegação. Segundo as informações do
Comitê, dos 317 atletas que defenderam o país em Tóquio, 303 receberam pelo
menos uma dose da vacina contra a doença e 259 receberam as duas. Agência Brasil, com Foto: Gaspar Nóbrega/COB/Direitos Reservados
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