28/08/2021
Homem que matou e concretou corpo da mulher na parede é condenado a 17 anos de prisão
BELO HORIZONTE, MG - O homem acusado de matar e ocultar o
corpo da mulher sob concreto na parede foi condenado na tarde da última sexta-feira
(27/8) a 17 anos e sete meses de prisão. Sidney da Silva foi julgado pelo
feminicídio qualificado e ocultação de cadáver da esposa Cleonice Correa de
Jesus. O caso ocorreu em abril do ano passado, e Sidney segue preso
desde que o corpo da mulher foi encontrado, por policiais, concretado em uma
das paredes da residência do casal, na Vila Barragem Santa Lúcia, Região
Centro-Sul da capital. Já o julgamento teve início na manhã de hoje no III Tribunal
do Júri, no Fórum Lafayette, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo
Horizonte. Primeiro ocorreu a formação do conselho de sentença. O júri era
composto por cinco homens e duas mulheres. Após a escolha dos jurados, foram
ouvidas quatro testemunhas. Confissão e debates Durante o interrogatório, Sidney confessou o crime, mas
disse estar arrependido. Em depoimento diante da juíza Fabiana Gomes Ferreira,
ele ressaltou que nunca houve agressão física entre o casal durante os 12 anos
de relacionamento, apesar de discutirem constantemente. Sidney contou que, no dia do crime, ele e a mulher estavam
sob efeito de drogas, discutiram por diversos motivos fúteis e acabaram
trocando empurrões. Logo depois, admitiu que matou a esposa com dois golpes de
martelo na cabeça. No outro dia pela manhã, ele comprou cimento, areia e brita.
Apenas três dias depois, quando o material foi entregue pelo depósito de
construção, é que, novamente sob efeito de drogas, ele escondeu o corpo da
mulher na parede. Após o intervalo para o almoço, o julgamento recomeçou com
os debates entre acusação e defesa. O promotor de justiça, Henry Wagner, pediu
que os jurados votassem pela condenação do réu por homicídio qualificado. Ele
chamou atenção de que o crime foi praticado com "crueldade". Caso Sidney era acusado pelo Ministério Público de feminicídio
qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. Em abril do
ano passado, a família de Cleonice Correa de Jesus procurou a Polícia Militar
para registrar um boletim de ocorrência, após ela sumir por cinco dias. Na noite do homicídio, o acusado teria aparecido na casa da
mãe sujo de cimento. Alguns dias depois, também teria confessado à cunhada que
havia matado Cleonice e enterrado o corpo dela na casa do casal, na Vila
Barragem Santa Lúcia, Região Centro-Sul da capital.
Em 13 de abril, policiais foram até a residência do casal.
Após vasculharem o espaço, descobriram o cadáver da vítima concretado em uma
das paredes. O corpo foi resgatado pelos bombeiros em avançado estágio de
decomposição. EM, com foto: TJMG
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