03/10/2021

Mãe descobre por mensagem de WhatsAppe que a filha de 9 anos foi estuprada



SANTOS, SP - A mãe da menina de apenas nove anos que foi vítima de estupro enquanto estava em um abrigo para menores de idade em Santos, no litoral paulista, diz que descobriu o caso por meio do WhatsApp. Um adolescente de 13 anos é suspeito do ato infracional e foi encaminhado para a Fundação Casa. A família soube do caso apenas 12 dias depois, entretanto, a prefeitura esclareceu que somente os pais com responsabilidade legal sobre as crianças devem ser informados (leia mais abaixo). 

Um print enviado pela mãe ao g1 mostra a conversa entre ela e uma abrigada, que foi quem a avisou sobre o caso. No diálogo, a adolescente alega que viram a menina no banheiro, paralisada, e diz que teriam feito um exame que comprovou o estrupo. 

A mãe da garota, que prefere não se identificar, explicou que ficou desesperada ao descobrir, e foi até o local com o ex-marido. A Polícia Militar foi acionada devido ao fato de eles terem se dirigido ao equipamento. Ela relata que os filhos estão no abrigo há cerca de um ano, pois houve uma briga com o ex-companheiro e a Justiça decidiu que o local era mais seguro para as crianças. 

"Quando eu cheguei lá, ela começou a gritar: 'mãe, me tira daqui, eu fui estuprada'. A minha menina está desesperada, ficou muito nervosa. Eu também estou passada com tudo isso", desabafa a mãe. Após o caso, um termo de declaração foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. 

O caso aconteceu no dia 19 de setembro, mas a mãe soube apenas na quinta-feira (30), quando foi informada pela outra abrigada. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, no dia do crime, a PM foi acionada para atender ao caso de estupro de vulnerável na Avenida Dino Bueno, no bairro Ponta da Praia. 

No abrigo particular, que está sob intervenção da Secretaria de Desenvolvimento Social de Santos, o adolescente foi apreendido pelo ato infracional, e a menina foi socorrida ao Hospital Frei Galvão, no Boqueirão. 

Em nota, a Prefeitura de Santos informa que, desde julho de 2021, a unidade está sob intervenção da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), após decisão judicial que determinou a suspensão do termo de colaboração entre a Seds e a entidade, para apuração de fatos de conhecimento do Poder Judiciário, que estão sob segredo de Justiça. 

Ainda conforme a administração municipal, os familiares que possuem vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos e que têm autorização judicial para agendar visitas ao acolhimento são comunicados constantemente dos atendimentos realizados pela equipe técnica da Seds.

g1, com foto: Arquivo Pessoal

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