27/01/2021

Bolsonaro: leite condensado é para “enfiar no rabo da imprensa”; “vai para a puta que pariu, imprensa de merda”



O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (27/1) durante almoço em evento fechado com cantores sertanejos que os gastos do governo federal com alimentos, entre eles R$ 15 milhões em latas de leite condensado, são para “enfiar no rabo da imprensa”. O chefe do Executivo almoçou em uma churrascaria acompanhado do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, dos ministros Fabio Faria, Ernesto Araújo, Tarcísio Freitas, Mario Frias, do filho Jair Renan e de artistas, como Sorocaba, Amado Batista e Naiara Azevedo.

 

“Quando vejo a imprensa me atacar, dizendo que comprei dois milhões e meio de latas de leite condensado, vai para puta que o pariu. Imprensa de merda essa daí. É para enfiar no rabo de vocês aí, vocês não, vocês da imprensa, essa lata de leite condensado”, disparou alterado. Enquanto discursava, foi aplaudido e ovacionado ao som de "mito" pelos ministros presentes.

 

O mandatário rebateu ainda dizendo que os produtos não são destinados à presidência. "Não é para a Presidência da República essa compra de alimentos até porque nossa fonte é outra. São para alimentar 370 mil homens do exército brasileiro e também programas de alimentação via Ministério da Cidadania, também alimentação via Ministério da Educação, entre tantos e tantos outros. Essas acusações levianas não levam a lugar nenhum e se me acusam disso é sinal que não tem do que me acusar", apontou.

 

Ele também falou sobre a compra de chicletes, justificou que os mesmos são destinados ao Exército e que não se trata de "mordomia". "Me acusam de ter comprado R$ 4 milhões de chicletes e quem já esteve no exército, já teve um catanho, pessoal sabe o que é um catanho, quem serviu, tem um chicletinho lá dentro. Isso não é mordomia, não é privilégio".

 

O presidente disse que mostrará em live nesta quinta-feira (28/1) que Dilma comprou mais leite condensado do que ele durante o mandato. "E deixar bem claro, amanhã na live, junto com o ministro Wagner Rosário da CGU, vamos demonstrar tudo isso, inclusive, que em 2014, a Dilma comprou mais leite condensado do que eu".

 

Os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Além dos R$ 15 milhões gastos com leite condensado, outros R$ 2,2 milhões foram pagos em chicletes e R$ 32,7 milhões, em pizza e refrigerante. Os dados foram expostos em reportagem do Metrópoles, no último dia 24 de janeiro. O total de gastos em alimentos em 2020 é 20% maior que em 2019.

Correio Braziliense

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