30/10/2021

Já tem estado onde o litro da gasolina se aproxima de R$ 8,00 após 4ª semana seguida de aumento



SÃO PAULO, SP - O preço médio da gasolina nos postos do país subiu 3,1% esta semana, chegando a R$ 6,56 o litro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,88 no Rio Grande do Sul. Essa foi a quarta semana consecutiva de alta. 

É possível encontrar o litro da gasolina acima de R$ 7 em postos de 13 estados: Acre ( R$ 7,300), Alagoas (R$ 7,198), Bahia (R$ 7,299), Ceará (R$ 7,190), Distrito Federal (R$ 7,199), Goiás (R$ 7,299), Mato Grosso (R$ 7,230), Minas Gerais (R$ 7,479), Pernambuco (R$ 7,439), Piauí (R$ 7,299), Rio de Janeiro (R$ 7,649), Rio Grande do Sul (R$ 7,889) e Tocantins (R$ 7,279). Na semana passada, eram apenas seis. 

Por conta do reajuste, o preço do diesel subiu 4,5% nos postos brasileiros esta semana, chegando a uma média de R$ 5,211 por litro. O preço máximo foi de R$ 6,420 o litro em Cruzeiro do Sul, no Acre. 

O valor médio do litro do etanol, por sua vez, subiu 3,9% na semana, para R$ 5,066. 

Na contramão dos demais combustíveis, o preço do botijão de gás (GLP) se manteve estável, fechando a semana em R$ 102,04. 

Congelamento de ICMS 

Nesta sexta-feira (9), o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e por representantes dos estados, aprovou o congelamento por 90 dias do chamado "preço médio ponderado ao consumidor final". É sobre esse preço médio que incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis. 

A medida ocorre em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar - fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço nas refinarias. 

Segundo o governo, o objetivo do congelamento do preço médio ponderado, sobre o qual incide o ICMS, é tentar manter os preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022. 

Combustíveis pesam na inflação 

Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000. 

Esse aumento passou a consumir boa parte do orçamento dos brasileiros nos últimos meses. A alta também provocou uma enxurrada de reclamações de motoristas de aplicativo, que viram a renda do trabalho diminuir – as principais empresas do setor até anunciaram um aumento no repasse no valor da corrida para os trabalhadores.

g1, com foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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