16/11/2021
PF apura ataques e ofensas ao senador Fabiano Contarato e seu filho de 7 anos
BRASÍLIA, DF - A Polícia Federal do Espírito Santo investiga
uma postagem feita nas redes sociais com mensagens agressivas e que expõem a
imagem do filho do senador Fabiano Contarato (Rede), que representa o Espírito
Santo no Senado Federal. Contarato registrou um boletim de ocorrência na
Superintendência da PF na noite desta segunda-feira (15) após tomar conhecimento
da publicação, na qual ele e o filho Gabriel, de sete anos (e, portanto, menor
de idade) aparecem. A imagem foi feita na manhã do mesmo dia, quando o
parlamentar levou a criança à praia, em Itapoã, Vila Velha, na Grande Vitória. Na postagem feita no Facebook e publicada pelo perfil de
Giovani Loureiro, Contarato é chamado de "infeliz" e "sem
vergonha". O autor da publicação também afirma que o senador levou à praia
o "filho adotivo para fazer marketing". Em nota, Contarato afirmou que a postagem é preconceituosa e
ressaltou que seu filho foi exposto. "Nada foi tão doloroso, porém, quanto ver seu ultraje
gratuito contra Gabriel, uma criança inocente de sete anos, que teve sua imagem
exposta nas redes e foi menosprezado apenas por ser meu filho e, sobretudo, por
ser fruto de adoção", disse o senador no texto. Em outro trecho, Contarato pontua que não irá tolerar
agressões contra os filhos e sua família. Em setembro deste ano, ele, que é
casado com um homem e tem dois filhos, pediu à Polícia Legislativa para
investigar por homofobia o empresário Otávio Fakhoury. "Não me intimidarão com esses ataques desprezíveis.
Registrei um boletim de ocorrência na Polícia Federal, hoje, e providenciarei a
responsabilização do autor dessa agressão. Apesar da foto ter sido feita durante o passeio Contarato
afirma que não foi abordado pelo autor da publicação durante o período em que
esteve na praia. Ele tomou conhecimento da publicação após ela passar a
circular e ser compartilhada nas redes sociais. Em nota, a Polícia Federal esclareceu que "as postagens
serão objeto de investigação pois, além de agressivas, também expuseram
fotografa do filho do senador, que é menor". Medidas iniciais necessárias á investigação já foram
tomadas, segundo a PF. Nesta terça, as publicações do perfil de Giovani Loureiro
aparecem indisponíveis. A reportagem entrou em contato com ele e aguarda o
retorno. Leia a nota enviada por Fabiano Contarato na íntegra: Após cumprir missão
oficial na COP-26 e passar dias longe de minha família, recebi, na manhã desta
segunda-feira (15), um pedido irrecusável do meu filho Gabriel, de sete anos:
“Papai, me leva na praia pra fazer castelinho de areia!”, disse ele. Já fui vítima de
inúmeros radicais bolsonaristas, que se sentem autorizados a assediar aqueles
que rejeitam suas teses políticas anti-civilizatórias. Ainda que ninguém tenha
direito de constranger alguém por divergências políticas, sempre entendi se
tratar de um preço a ser pago por ter optado pela vida pública. Receando alguma
intercorrência dessa natureza, assenti ao pedido de meu filho, advertindo-o de
que teríamos que deixar a praia, caso alguém nos importunassse durante o
passeio. Fomos, então, à Praia de Itapuã, hoje, por volta das 11h30, e fiquei
feliz por proporcionar esse momento módico de lazer ao meu pequeno Gabriel. Tudo parecia correr
bem: retornamos, após esse breve passeio recreativo, sem qualquer
inconveniente. Algumas horas depois, recebi um print, primeiro no Whatsapp e,
após, em minha conta no Instagram, dando conta de uma postagem preconceituosa
que me agredia e destilava inadmissível ódio contra meu pequeno Gabriel. A postagem do Sr.
Giovani Loureiro me chamava de “lixo”, “traidor”, “infeliz”, “sem vergonha” e
“senador de merda”. Nada foi tão doloroso, porém, quanto ver seu ultraje
gratuito contra o Gabriel, uma criança inocente de sete anos, que teve sua
imagem exposta nas redes e foi menosprezado apenas por ser meu filho e,
sobretudo, por ser fruto de uma adoção. O ódio é uma doença perversa:
desumaniza suas vítimas e as submete a toda sorte de violência. O Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), em seu art. 18, diz ser “dever de todos velar pela
dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. Não tolerarei qualquer
ato de agressão aos meus filhos e à minha família. Não me intimidarão com esses
ataques desprezíveis. Registrei um boletim de ocorrência na Polícia Federal,
hoje, e providenciarei a responsabilização do autor desta agressão. Espero que, caso o Sr.
Giovani Loureiro seja pai, possa refletir sobre esse ato infame e não repita
essa vileza contra crianças inocentes, que não podem ser detratadas por
querelas de ordem política. Ps interesses de menores indefesos devem ser
colocados acima de tudo isso. Em minha casa, o amor
sempre vencerá o ódio!
g1, com foto: Agência Senado e Redes Sociais
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