25/11/2021
Ex-ministro Mandetta desiste de candidatura presidencial e deve disputar legislativo
BRASÍLIA, DF - O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
(DEM) informou ao comando do União Brasil, partido que será formado a partir da
fusão entre DEM e PSL, que não deseja mais disputar a Presidência da República
em 2022. Em reunião com a cúpula do partido, Mandetta afirmou que prefere
concorrer a um cargo legislativo no Mato Grosso do Sul. A saída de Mandetta da lista de presidenciáveis abre caminho
para que o União Brasil apoie outro nome da chamada "terceira via"
para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas
pesquisas de intenção de voto, e o atual presidente, Jair Bolsonaro, que
aparece em segundo. Segundo o presidente do PSL (que vai presidir também o União
Brasil), Luciano Bivar, a sigla agora discute apoiar um desses três nomes da
terceira via: o ex-ministro Sergio Moro, do Podemos; o candidato do PSDB, que ainda
definirá seu nome nas prévias entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo
Leite (RS); ou o MDB, que vai lançar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet
(MS). Também não está descartada uma candidatura própria, mas hoje não há um
nome. "Estamos vendo quem aceitará efetivamente ser o
candidato. Estamos considerando também outras candidaturas [de outros
partidos], como a gente pode se agrupar, com o MDB, o PSDB e o Podemos",
disse Bivar ao Estadão. A desistência de Mandetta foi revelada originalmente
pelo site Poder 360. Inicialmente, a fusão DEM-PSL tinha três pré-candidatos à
Presidência. O apresentador José Luiz Datena previa se filiar ao PSL e foi
apontado como pré-candidato em 2022. Assim como o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, que era do DEM, e também cotado como presidenciável. Pacheco se filiou
ao PSD e Datena deve seguir o mesmo destino, apesar de ter anunciado a
suspensão da filiação à sigla. Com a desistência de Mandetta, comunicada ao partido na
última terça-feira, não há nenhum outro integrante do União Brasil que
apresente publicamente intenção de concorrer à sucessão de Bolsonaro.
Moro entrou na política partidária no dia 10 de novembro.
Com menos de um mês de filiação, ele já busca alianças com outras legendas e
tem procurado diálogo com União Brasil, Novo, Patriota, Cidadania e
Republicanos. Exame, com foto: Isac Nóbrega/PR
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