26/11/2021
Nilda ressalta aprovação de projetos antirracismo e defende igualdade e respeito entre as pessoas
BRASÍLIA, DF – Ainda celebrando o Dia Nacional da
Consciência Negra (20 de novembro), a senadora Nilda Gondim (MDB-PB) afirmou
que a sociedade brasileira não pode nem deve tolerar qualquer tipo de
discriminação entre pessoas, seja por motivação de raça, cor, religião, poder
econômico ou por qualquer outro motivo. “Nós todos somos iguais; todos somos
mortais e filhos de Deus”, enfatizou. Em entrevista no final da manhã deste sábado (20), a
senadora emedebista ressaltou a importância da aprovação, pelo Senado Federal,
de vários projetos destinados a combater e punir a prática do racismo no
território brasileiro. Nilda lembrou que na sessão de quinta-feira (18) os
senadores aprovaram, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 4.373/2020, de
autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que tipifica a injúria racial como crime
de racismo. Com relatoria do senador Romário (PL-RJ) e forma de tramitação
bicameral, a matéria seguiu para apreciação e votação pela Câmara dos
Deputados. Outra matéria importante e igualmente aprovada por unanimidade,
segundo Nilda Gondim, foi o Projeto de Resolução do Senado nº 55/2020, também
de iniciativa do senador Paulo Paim, que institui o Selo Zumbi dos Palmares
para agraciar municípios que se destacarem na execução de políticas públicas de
promoção da igualdade racial e contra qualquer tipo de preconceito em todos os
setores, especialmente nas áreas de educação, trabalho, saúde e combate à
violência. O PRS 55/2020 teve relatoria da senadora Eliziane Gama
(Cidadania-MA) e, tão logo aprovado, seguiu para promulgação. Memória viva Outra matéria aprovada pelo Senado e igualmente importante
para a luta contra a discriminação racial no Brasil, conforme Nilda Gondim, foi
o Projeto de Lei nº 2000/2021, também apresentado pelo senador Paim. O projeto
reconhece o sítio arqueológico da região do Cais do Valongo, assim como sua
zona de amortecimento, no município do Rio de Janeiro, como Patrimônio da
História e da Cultura Afro-Brasileira. A iniciativa se deu em decorrência do título de Patrimônio
Histórico da Humanidade conferido pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Destacando o referido sítio
arqueológico como essencial à formação da identidade nacional, o PL 2000/2021,
que seguiu para apreciação e votação pela Câmara dos Deputados, também
estabelece as diretrizes para a especial proteção ao Cais do Valongo, que, no
passado, foi considerado o maior porto escravagista da história da humanidade e
o segundo maior porto de origem de navios negreiros do mundo. Segundo o autor do projeto, senador Paulo Paim, o Rio de
Janeiro, pela área portuária conhecida como Cais do Valongo, foi a porta de
entrada de 60% dos 4 milhões de africanos escravizados que foram trazidos ao
Brasil ao longo de quase quatro séculos de tráfico transatlântico, cerca de um
milhão desembarcados na cidade, servindo ainda como maior porto distribuidor de
pessoas escravizadas para outros Estados do Brasil e para a América Latina. Em
face dessa história, preservar e tornar conhecido esse lugar de memória no
Brasil, conforme Paim, não é apenas uma forma de ressaltar o sofrimento e o
sentimento de injustiça trazidos pela nossa história. “É investir na
resistência e nas lutas que se constroem por meio do conhecimento, além de
promover um resgate da força das nossas relações com África e passo fundamental
de reconhecimento direcionado à reparação e à justiça de transição”. Reconhecimento Na sessão que aprovou os projetos da pauta racial, a
senadora Nilda Gondim, além de ressaltar a importância do combate ao racismo no
Brasil, elogiou as propostas apresentadas por Paulo Paim, que é ativista da
causa negra, e registrou a sua admiração e respeito pela atuação do senador do
PT do Rio Grande do Sul, tanto pela coerência quanto pelo idealismo e pela luta
que ele trava contra o racismo. Na sequência, Nilda Gondim disse ser inadmissível que um ser
humano não possa olhar o outro com o olhar da igualdade, seja ele branco,
negro, índio ou de qualquer outra raça. “Racismo significa falta de respeito,
de dignidade humana, e nós temos que continuar lutando para acabar com este
tipo de sentimento desumano e vergonhoso”, afirmou. Avanço importante
Na sessão que aprovou por unanimidade três matérias sobre
questões raciais, o senador Paulo Paim fez questão de registrar que aquela era
a primeira vez na história do Senado Federal brasileiro que a pauta incluía
simultaneamente três projetos dedicados a combater o racismo e os vários tipos
de preconceito como forma de respeito ao mês da Consciência Negra e ao herói
Zumbi dos Palmares. Ele ressaltou que os projetos aprovados não têm impacto
financeiro nenhum; são simbólicos e educativos, e demonstram que o Senado está
sintonizado com o mundo na construção de políticas humanitárias de combate ao
racismo. Assessoria, com foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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