31/01/2021
Bolsonaro volta a contestar medidas de isolamento para conter pandemia e critica “vida sem recursos e sem emprego”
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de
isolamento social como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Ele
disse que o "povo brasileiro é forte e não tem medo do perigo".
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil ultrapassou as 200
mil mortes pela covid-19. Bolsonaro afirmou fazer um apelo aos governadores e
ressaltou que, segundo ele, sem apresentar dados, "a política de fechar
tudo e ficar em casa não deu certo". "Os mais vulneráveis são velhos
e com comorbidades, o resto tem que trabalhar." "Reformulem essa política e entendam cada vez mais que
o isolamento, o lockdown, o confinamento nos leva para a miséria. Eu sempre
disse, lá atrás, que a economia anda de mãos dadas com a vida. A vida sem
recursos e sem emprego torna-se muito difícil", disse. Bolsonaro também
comemorou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) desta
quinta-feira, 28, que apontam a criação de 142 mil vagas de trabalho com
carteira assinada em 2020 no País.
Sem dar detalhes, o presidente também disse que o governo
comprará qualquer vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Mais cedo, Gilson Machado havia dito que Bolsonaro foi
"estrategista". Segundo o ministro, o presidente "só falou da
vacina quando a Anvisa liberou". Entretanto, Bolsonaro já havia feito
menções ao imunizante em transmissões ao vivo e em conversas com apoiadores
onde questionou a eficácia da vacina e disse que não compraria o imunizante produzido
pelo Instituto Butantan. Estadão
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