13/01/2022
Bolsonaro diz que a Ômicron é “bem-vinda” e que variante “é de letalidade muito pequena”
BRASÍLIA, DF - O presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou,
nesta quarta-feira (12/1), os impactos da ômicron no Brasil e disse que a nova
variante da covid-19 é "bem-vinda". A declaração ocorreu durante
entrevista ao site Gazeta Brasil. Com letalidade menor, mas com capacidade de
disseminação maior, o vírus pode sobrecarregar o sistema de saúde. "A ômicron, que já se espalhou pelo mundo todo, como as
próprias pessoas que entendem de verdade dizem, tem uma capacidade de difundir
muito grande, mas é de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus
vacinal. Deveriam até... Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias, e não
vinculadas à farmacêuticas, a ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim
da pandemia", apontou, sem mencionar quem seriam as fontes. Bolsonaro disse ainda que "quase zero, um número muito
pequeno" de crianças morreu por covid no país. "E esse número pequeno
ainda tinha o fato de criança com comorbidade", completou. O Ministério da Saúde afirmou que, de março de 2020 a
dezembro de 2021, 311 crianças de 5 a 11 anos morreram em decorrência da doença
no Brasil. Ao ser corrigido pela jornalista, o líder do Planalto continuou e
reforçou que pediu à pasta a divulgação de mortes por efeitos colaterais da
vacina. "Tudo bem, não vou questionar. Vamos partir do
princípio de que os números estão certos. Justifica a vacinação? Eu cobrei
ontem do ministro (Marcelo) Queiroga, da Saúde, a divulgação das pessoas com
efeito colateral. Quantas pessoas estão tendo reações adversas no Brasil
pós-vacina? Quantas pessoas estão morrendo também por outras causas que são
creditadas à covid?". "Trezentas e poucas crianças (mortas)... Lamento cada
morte, ainda mais de criança, a gente sente muito mais, mas não justifica a
vacinação pelos efeitos colaterais adversos que essas pessoas têm",
concluiu.
A Anvisa liberou a vacinação para a faixa etária de 5 a 11
anos após parecer de técnicos especialistas e embasamento de sociedades médicas. EM, com foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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