16/03/2022

Mourão classifica de “histeria” aumento de combustíveis e culpa pandemia e guerra na Ucrânia pelo reajuste



BRASÍLIA, DF - Em linha com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente Hamilton Mourão, que se filia ainda nesta quarta-feira ao Republicanos para disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul, apostou em uma redução dos preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras, diante da recente queda do petróleo no exterior. Por outro lado, o general chamou a alta anterior da commodity, que levou ao reajuste da estatal, de “histeria”. 

“Essa questão do preço do petróleo é muita histeria. Porque hoje uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo é fruto primeiro da questão da pandemia, no retorno da atividade econômica. Posteriormente, desse conflito absurdo lá da Rússia e da Ucrânia. Aí, óbvio, o mercado começa a se reequilibrar”, declarou o vice-presidente a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto. “O barril de petróleo Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio, essa flutuação, acredito que a Petrobras vai encaixar isso aí e vai haver uma redução no preço dos combustíveis”, acrescentou. 

Os contratos futuros de petróleo operam em queda nesta quarta-feira no mercado internacional diante da percepção de investidores de um arrefecimento na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O barril do petróleo Brent, referência, está cotado ao redor dos US$ 98. A política de preços adotada pela Petrobras determina reajustes atrelados ao exterior. 

Apesar do prognóstico de queda no preço do petróleo, Mourão descartou que o Brasil volte a pagar R$ 4 pelo litro de gasolina. “Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer”, avaliou o vice-presidente. “Pode baixar, voltar para meia dúzia R$ 6”. 

Questionado sobre a demora dos postos de combustíveis em assimilar a queda nos preços da Petrobras sobre o valor cobrado na bomba, Mourão falou em “cartelização”. “Ainda há muita cartelização nesse setor, aí compete esses setores encarregados da defesa do consumidor impedir que isso ocorra”, declarou.

Istoé Dinheiro, com foto: Alan Santos/PR

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