04/02/2021
Cai de 52% para 36% a aprovação do governo Bolsonaro entre os que receberam auxílio emergencial, aponta pesquisa
Pesquisa PoderData mostra que a aprovação do governo do presidente
Jair Bolsonaro entre os que receberam auxílio emergencial caiu 16 pontos
percentuais em relação ao último levantamento, realizado há 15 dias. Passou de
52% para 36%. A taxa é inferior à aprovação da média nacional (40%). A desaprovação desse grupo foi de 42% para 51%. Teve alta de
9 pontos percentuais em duas semanas. O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da
crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Com o isolamento social,
milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar. Os mais pobres foram os mais
atingidos. A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos de R$
200 cada 1 –durante a tramitação no Congresso, o valor subiu para R$ 600. Com a
continuidade da pandemia no país, o benefício foi prorrogado com mais duas parcelas
no mesmo valor. Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o governo
estendeu novamente o auxílio: mais 4 parcelas de R$ 300. O valor começou a ser
pago em 18 de setembro a beneficiários do Bolsa Família e em 30 de setembro aos
demais. Em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que
haveria prorrogação do auxílio emergencial caso ocorresse uma 2ª onda de
covid-19 no Brasil. O benefício no entanto, não foi extendido. A queda da percepção positiva dos beneficiários do auxílio
emergencial sobre o governo federal coincide como mesmo momento do fim dos
pagamentos do benefício. Ao todo, de acordo com a Caixa Econômica Federal,
foram pagos R$ 294 bilhões a 68 milhões de pessoas. O fim dos pagamentos também influenciou na queda avaliação
geral do governo na região Nordeste. A taxa despencou nos últimos 4 meses e
chegou a 29% –umas das mais baixas taxas registradas na região. A desaprovação,
que também vinha em trajetória de alta, ficou agora em 59% –estável desde o
último levantamento. No Congresso, os presidentes do Senado e da Câmara, senador
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e deputado Arthur Lira (PP-AL), que tiveram apoio de
Bolsonaro para a eleição aos cargos, afirmaram que estão em busca por um
formato de auxílio emergencial que caiba no teto de gastos públicos. A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos
estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria
editorial com o Grupo Bandeirantes. Os dados foram coletados de 1ª a 3 de fevereiro, por meio de
ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 519
municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto. Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham
proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade,
renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de
milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam
encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da
população. Entre os que não receberam ajuda federal durante a pandemia,
a aprovação do governo Bolsonaro é maior: 47% o avaliam positivamente. Nesse
grupo, são 43% os que rejeitam a administração federal. Auxílio X Bolsonaro Entre os beneficiários do auxílio emergencial, 31% avaliam o
trabalho do presidente Jair Bolsonaro como “ótimo” ou “bom”. E 42% o rejeitam. Beneficiários
A pesquisa PoderData mostra ainda que 60% dos brasileiros
afirmam que receberam ou que alguém de sua família foi contemplado com o
auxílio emergencial de R$ 600 ou R$ 300. São 38% os brasileiros que não tiveram
acesso ao benefício. As taxas variaram dentro da margem de erro (2 p.p.) em 15
dias. Poder 360
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