22/03/2022

Jovem matou mãe e irmão e baleou o pai por ter ficado sem celular devido a notas baixas na escola



PATOS, PB - O Delegado de Polícia Civil Renato Leite confirmou que o motivo que levou o adolescente de 13 anos a matar a mãe e o irmão, além de ter baleado o pai, no último sábado (19), na cidade de Patos, no sertão paraibano, foi mesmo o de ter ficado sem o celular devido a estar tirando notas baixas na escola. A versão foi dada pelo adolescente em depoimento e confirmada pelo delegado. 

Segundo Renato Leite, o adolescente afirmou que os pais estavam reclamando das notas baixas. Ele disse que era pressionado para tirar notas boas na escola, e que os pais creditavam o motivo das notas baixas ao tempo que ele ficava no celular, jogando. 

Em entrevista, o delegado fez o relato, em detalhes, de como ocorreu o crime: 

“O pai tomou o celular dele no sábado e saiu para comprar remédio para a mãe, que estava com dor de dente. O adolescente, então, entregou o celular da mãe para o irmão mais movo, o colocou no quarto dele, foi no escritório, pegou a arma que estava bem guardada, num armário de ferro fechado. A mãe aguardava no quarto, deitada, dormindo. Ele chegou, encostou a arma na cabeça dela e efetuou o disparo. O irmão mais novo, de sete anos, escutou, saiu do quarto, viu a situação e começou a brigar com ele. Na briga o jovem correu atrás do irmão para tirar. Foi aí que o pai chegou, tentou intervir, pediu que ele soltasse a arma, mas ele efetuou o disparo contra o pai, que caiu. O irmão mais novo foi, se abraçou com o pai e ele atitou no irmão pelas costas”. 

A mãe, Iranilda de Sousa Araújo, e o filho de sete anos morreram no local. O pai, Benedito da Silva Araújo, que é policial reformado, foi levado para o Hospital Regional de Patos e depois transferido para o Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luis Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, onde está internado na Ala Vermelha, em estado grave, porém, estável. 

Já o jovem foi transferido para o Centro Educacional do Adolescente – CEA, na cidade de Sousa, por decisão da 3ª Vara de Justiça de Itaporanga.

Da Redação, com foto: Reprodução/Álbum da Família

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