25/03/2022
Pastor acusado de cobrar propina para liberar verba do MEC investiu R$ 450 mil em novas empresas
BRASÍLIA, DF - O pastor Gilmar Santos, suspeito de cobrar
propina para facilitar a liberação de recursos do Ministério da Educação para
municípios, investiu R$ 450 mil para criar duas empresas, há duas semanas. As
informações são do jornal O Globo. Gilmar abriu no mesmo dia, 8 de março deste ano, uma
faculdade em Goiânia, com aporte de R$ 100 mil, e uma editora em Aparecida de
Goiânia, com capital de R$ 350 mil. De acordo com o jornal, as duas empresas foram registradas
em sedes da Assembleia de Deus Cristo Para Todos, igreja comandada pelo pastor,
e da qual também faz parte o pastor Arilton Moura, outro suspeito de pedir
propina para a liberação de recursos do MEC. Ainda de acordo com O Globo, Gilmar já era dono de uma
editora, criada em 2013, no mesmo endereço da igreja em Goiânia, registrada
como Editora e Publicadora Cristo para Todos Limitada, com capital social de R$
100 mil. Ela possui um nome parecido com a nova, Editora Cristo para Todos
Limitada, que possui capital com o triplo do valor. Nesta semana, prefeitos relataram que tanto Gilmar quanto
Arílton pediram propina para eles após reuniões com o ministro da Educação,
Milton Ribeiro, em Brasília. Em uma das ocasiões, Arílton chegou a pedir que um
dos prefeitos comprasse bíblias para ajudar a arrecadar dinheiro para a
construção de uma igreja.
No início da semana, a Folha revelou áudios do ministro da
Educação dizendo em uma reunião de prefeitos que a prioridade era favorecer
amigos do pastor Gilmar, a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro
(PL). Istoé, com foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
|