06/02/2021

“Xepa da Vacina” e “Caravanas” de pessoas para se vacinar contra a Covid-19 no Rio chamam a atenção da polícia



O secretário de estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, reconheceu nesta sexta-feira (5) que o sistema de vacinação do Rio de Janeiro apresenta falhas e disse que os casos irregulares devem ser punidos já que são “caso de polícia”.

 

De acordo com Carlos Alberto Chaves, há três situações que serão fiscalizadas:

 

Xepa – distribuição de doses excedentes para pessoas fora do grupo prioritário

Uso Irregular – aplicação de segunda remessa para pessoas que ainda não foram vacinadas

Caravanas para vacinação – grupo de pessoas que se desloca para outro município para se vacinar

 

Em entrevista coletiva, ele afirmou que teve uma reunião com o Ministério Público Estadual do Rio (MPRJ) e tratou das irregularidades no processo de vacinação contra Covid-19.

 

“Não podemos omitir o que está acontecendo de errado. Acho a situação muito grave. Não podemos desfragmentar a vacinação. O Brasil é um dos líderes de vacinação, mundialmente famoso. De repente, pela escassez e pela gravidade de três pontos: a xepa, o uso irregular e as caravanas de outros municípios. São três variantes, é extremamente perigoso”, disse o secretário de Saúde Carlos Alberto Chaves.

“Casos de venda ou uso ilegal, são casos de polícia (...) Isso serve de exemplo. Se ficar impune, outros vão tomar a mesma medida. Se não conseguir cortar o mal pela raiz e parar ali, tenho certeza que vai virar moda. A moda não pode virar rotina”, completou.

 

Para coibir as práticas ilegais, Chaves falou em acionar órgãos de fiscalização. Segundo ele, as medidas devem ser tomadas de forma rápida e eficiente.

 

“Já estamos conversando com os órgãos para tomar medidas e eu quero isso mais breve possível. Se não, daqui a pouco, está todo mundo fazendo ciranda aqui e ali. O cidadão vai pagar por isso. As pessoas que estão fazendo isso de maneira errada, devem ser comunicadas e, se continuar, punidas. Não pode continuar assim”.

 

O secretário ressaltou que os municípios têm autonomia para definirem o cronograma da vacinação. Apesar disso, todas as cidades devem seguir as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI).

 

“Alguns municípios repassaram a segunda dose para pessoas que não foram vacinadas na primeira etapa. Esse é um risco muito grande. Coloca em risco todo o esquema de vacinação do Plano Nacional de Imunização (PNI). Eu falei para as promotoras que isso será caso de polícia, um caso sério. Os municípios têm autonomia para seguir o cronograma de vacinação, mas dentro do Plano Nacional”.

G1

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