05/05/2022
Eduardo Bolsonaro e bancada de apoio ao presidente votaram contra piso salarial da enfermagem
BRASÍLIA, D F - A Câmara dos Deputados aprovou, nessa
quarta-feira (4/5), o Projeto de Lei nº 2564/20 que cria um piso salarial para
enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras em todo o
território nacional. A proposta foi aprovada com 449 votos a favor e somente 12
contra. Dentre os parlamentares que foram contrários ao piso, está o
Eduardo Bolsonaro (PL) e a bancada do partido NOVO. Além do deputado Eduardo, o deputado Tiago Mitraud, Lucas
Gonzalez, Paulo Ganime, Adriana Ventura, Alexis Fonteyne, Vinicius Poit, Gilson
Marques, Marcel Van Hattem, todos do partido Novo, votaram contra a proposta. Kim Kataguiri (União), José Medeiros (PL), e Ricardo Barros
(PP), também foram contrários ao Projeto de Lei. De acordo com o texto, o valor mínimo inicial para os
enfermeiros será de R$ 4.750, a serem pagos pelos serviços de saúde público e
privado. Para os técnicos de enfermagem o salário é proporcional ao piso dos
enfermeiros, sendo 70% do valor, equivalente a R$ 3.325. Já os auxiliares de enfermagem e parteiras irão receber 50%
do piso, ou seja, cerca de R$ 2.375. Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro se
posicionou sobre a votação contrária ao piso. Para ele, os profissionais da
saúde são merecedores do reajuste, contudo, ele afirma que o impacto do
reajuste é muito grande em comparação ao orçamento por ano do Ministério da
Saúde. "Tem que haver a indicação de onde esse dinheiro vem. O
que vai se fazer agora é tentar abrir espaço no orçamento [do Ministério da
Saúde], através de outros Projetos de Lei, para conceder esse reajuste a essa
categoria", comentou o deputado.
Durante a votação, o deputado Tiago Mitraud, líder do
Partido Novo, disse que o projeto vai acabar com a saúde brasileira, pública e
privada. "Vamos ver os profissionais da enfermagem que hoje estão aqui
lutando pelo piso, desempregados, porque os municípios e os estados não
conseguirão pagar esse piso", pontuou.
O texto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL). EM, com foto: VCampanato/Agência Brasil
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