07/05/2022

Bolsonaro vai contratar auditoria para acompanhar eleição e “garantir a eleição do Lula”



JOÃO PESSOA, PB - O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (5/5), durante sua live semanal, que as “Forças Armadas não vão apenas participar como espectadores das eleições” deste ano. O chefe do Executivo afirmou, ainda, que "essas não estão se metendo, mas foram convidadas, e que são muito zelosas”. 

O presidente da República anunciou que irá contratar uma empresa de auditoria para verificar o sistema eleitoral e que a manobra está dentro da legislação. 

“Essa auditoria não vai ser feita após as eleições, uma vez contratada, a empresa já começa a trabalhar.” 

Em outro momento, ele destacou: “Antes das eleições, ela pode daqui a 30, 40 dias, chegar à conclusão de que, dado a documentação que tem na mão, dado o que já foi feito até o momento, para melhor termos umas eleições livres de qualquer suspeita de ingerência externa, ela pode falar que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho. Olha a que ponto nós vamos chegar.” 

De acordo com Bolsonaro, é o momento para o TSE “mostrar para o mundo, através dessa empresa de auditoria, que nós temos o sistema mais confiável do mundo no tocável das eleições.” Ele ainda citou que apenas Bangladesh e Butão fazem eleições com o mesmo sistema eleitoral. 

Ao fim, ele ironizou: “Já que as pesquisas dizem que o Sr .Lula tem 40%, o Lula vai ganhar. Então quero garantir a eleição do Lula com esse processo aqui.” 

As falas de Bolsonaro causaram preocupação até da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, que teria aconselhado integrantes do governo a pedirem ao presidente que pare de levantar dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral do Brasil. 

Em concordância com as declarações, veio a público que as Forças Armadas acionaram o TSE 88 vezes sobre eleições, A lista de questionamentos apresentados pelos militares inclui questões sobre o teste de integridade das urnas eletrônicas, o nível de confiança nos sistemas de votação e apuração dos votos, a solicitação de documentos, listagens, relatórios e outras informações sobre as políticas do tribunal, o funcionamento das urnas e propostas de aperfeiçoamento de transparência.

EM, com foto: Reprodução/Facebook

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