16/05/2022
Acusado de matar ator e os pais por não querer namoro dele com a filha é preso 3 anos após o crime
SÃO PAULO, SP - Quase 3 anos depois da morte do ator Rafael
Miguel e dos pais dele, o réu Paulo Cupertino Matias foi preso nesta
segunda-feira (16), em São Paulo. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019. Policiais da 6ª. Seccional fizeram a prisão e encaminharam o
preso para o 98º Distrito Policial, no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo.
Cupertino foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez o exame de corpo
de delito e depois foi para a Divisão de Capturas, no prédio do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital paulista. Ele
ficará à disposição da Justiça. Ao chegar ao prédio do DHPP, Cupertino negou os crimes. “Eu
sou inocente. Não matei ninguém”. Segundo o delegado da 6ª seccional, a equipe de policiais
recebeu uma informação de que Cupertino estaria na capital paulista, foram
checar e encontraram o procurado. Incluído na Difusão Vermelha da Interpol, Cupertino era o
primeiro nome da lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo. De acordo com o Ministério Público (MP), o empresário
assassinou a família porque não aceitava o namoro de Isabela Tibcherani, a sua
filha de 18 anos à época, com o artista. Vídeos gravados por câmeras de
segurança mostram o momento em que ele atira 13 vezes em Rafael, que tinha 22
anos, e nos pais do ator: João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe Miriam Selma
Miguel, 50. Rafael era conhecido na mídia por ter interpretado o
personagem Paçoca na novela "Chiquititas", do SBT, e trabalhado em um
famoso comercial em que uma criança pede brócolis à mãe. Ele também atuou em
novelas da Globo, como “Pé na Jaca”, “Cama de Gato” e o especial de fim de ano
“O Natal do menino imperador”. upertino é acusado de triplo homicídio duplamente
qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das
vítimas. Ele, que atualmente tem 50 anos, nunca constituiu um advogado para
defendê-lo. Além do empresário, dois amigos dele são réus no mesmo caso por
terem ajudado o assassino a fugir. O assassinato foi cometido na frente da casa onde Isabela
morava com a mãe, no bairro da Pedreira, Zona Sul da capital paulista. As duas
não foram baleadas por Cupertino e sobreviveram. O empresário fugiu. Listas de procurados O nome, dados e fotos de Cupertino não apareciam
publicamente na lista de criminosos mais procurados pela Interpol, também
conhecida como Organização Internacional de Polícia Criminal. Ela tem a função
de buscar mecanismos de cooperação entre as polícias no mundo para prender
acusados de crimes que possam ter fugido para outros países. Apesar disso, segundo fontes do g1, o empresário estava
incluído na Difusão Vermelha do órgão. Em outras palavras, havia um mandado de
prisão contra ele para ser cumprido em qualquer outro país. Já no site da Polícia Civil paulista, Cupertino aparecia
como o primeiro nome da página onde estão os 17 criminosos mais procurados
pelas forças de segurança do estado. Não havia pagamento em dinheiro como
recompensa para quem tivesse informações sobre o paradeiro de Cupertino. Até junho de 2021, esses dois canais de denúncias da polícia
de São Paulo receberam quase 90 endereços de possíveis esconderijos do
empresário. 90 denúncias
Segundo o Instituto São Paulo Contra a Violência, os
denunciantes disseram ter visto o assassino em 25 cidades paulistas, oito
municípios de sete outros estados, em uma cidade argentina e em outros cinco
locais não identificados. g1, com foto: Divulgação/Polícia Civil/Reprodução/Redes Sociais
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