19/05/2022

Imagens de câmeras de segurança mostram suicídio de juíza paraibana no Pará, confirma sobrinha



BELÉM, PA - Monique Andrade, sobrinha da juíza Mônica de Oliveira encontrada morta com um tiro no peito, afirmou nesta quarta-feira (18) que imagens de câmeras de segurança do prédio indicam que a magistrada cometeu suicídio. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso, que segue sob sigilo de Justiça. 

Segundo a sobrinha, o prédio onde a magistrada morava tem muitas câmeras no estacionamento, que captam vários ângulos. 

“As imagens revelam ela saindo do apartamento com algumas malas. Ela caminha lentamente pelo estacionamento, até o carro. Depois se direciona para o banco do passageiro, na frente do veículo. Depois de longos minutos, ela comete suicídio. É nítido. É claro. Não há dúvida”, afirma Monique Andrade. 

Monique, que também é advogada, confirma que a arma utilizada era do juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior. “Ela se utilizou de uma arma que o esposo dela possui e que sempre está dentro do carro, no porta-luvas”, diz. 

De acordo com a sobrinha, a juíza Mônica de Oliveira fazia acompanhamento psicológico e uso de algumas medicações. 

“Ela era uma pessoa extremamente normal, extremamente calma, exercendo a profissão dignamente, exercia seu papel de mãe dignamente e de irmã. Ela devia estar sofrendo e não conseguia se abrir com ninguém”, relata. 

O corpo de Mônica de Oliveira deve sair de Belém às 17h desta quarta e, ainda segundo a sobrinha, o enterro será em Barra de Santana, na Paraíba, local de nascimento da vítima. 

Velório 

O corpo da juíza Mônica de Oliveira foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) por volta das 4h desta quarta-feira (18) e começou a ser velado em uma capela na rua Domingos Marreiros, no bairro do Umarizal, em Belém. Haverá também um velório na Paraíba, onde ela nasceu, com familiares e amigos. 

A magistrada foi encontrada morta com tiro no peito dentro do carro. O marido, juiz do Pará João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, entrou no veículo, onde estava o corpo da juíza, e dirigiu até a delegacia em Belém . Ele afirmou que a morte foi suicídio em um "momento de fraqueza". 

A Polícia Civil do Pará não deu detalhes, mas informou que realizou diligências, como o registro da ocorrência e a requisição de perícias, "dentro das suas atribuições legais", e afirmou que já encaminhou o caso para o Poder Judiciário.

g1, com foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

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