24/05/2022
Agressão após traição: personal é indiciado por lesão corporal leve e mendigo, por difamação contra mulher
PLANALTINA, DF - A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
finalizou, nesta sexta-feira (20/5), o inquérito policial do caso envolvendo o
personal trainer Eduardo Alves e o ex-morador de rua Givaldo Alves, que ocorreu
em 9 de março, em Planaltina. A 16ª Delegacia de Polícia Civil ficou
responsável pela investigação. Segundo a conclusão policial, o morador de rua responderá
pelo crime de difamação praticado contra Sandra Mara Fernandes, a mulher casada
com o personal e envolvida no caso. "Não sendo indiciado por outro suposto
crime averiguado em face de investigação", ressalta o inquérito. Já o
personal trainer responderá pelo crime de lesão corporal leve praticada contra
o morador de rua. Em nota enviada ao Correio, os advogados do casal Eduardo
Alves e Sandra Mara Fernandes destacaram que acompanham o inquérito policial
desde o início dos fatos e que farão um pronunciamento oficial em breve. Além
disso, pedem cooperação na divulgação de notícias. A defesa de Givaldo ressaltou o fato de a polícia não ter
considerado que houve estupro de vulnerável. "As graves e profundas
feridas provocadas pela injusta acusação de estupro de vulnerável demorarão para
cicatrizar, mas o sentimento é de que a justiça imperou, como deve ser",
escreveram os advogados de defesa Mathaus Agacci e Anderson de Almeida, em
nota. Confira a nota dos
advogados do casal na íntegra: "A defesa técnica
de Sandra Mara Fernandes e de Eduardo Alves de Souza, informa que vem
acompanhando a investigação policial há 69 dias. Durante todo esse período de
tempo nenhuma informação foi publicizada por parte da nossa equipe jurídica,
ainda que as informações processuais fossem totalmente benéficas para os nossos
constituintes. Entendemos que uma vez
decretado o sigilo e o segredo de justiça por imperativo legal e judicial, nos
compete o seu fiel cumprimento. Assim sendo, solicitamos máxima cooperação da
imprensa para evitar a propagação de informações levianas, precipitadas ou
inverídicas. Na segunda-feira
(23/05/2022), nos reportaremos ao Poder Judiciário para requerer providências,
CONSIDERANDO, o ocorrido nesta data, e, em ato posterior, faremos um
pronunciamento oficial com intuito de que a verdade prevaleça e de que nossos
constituintes tenham a garantia de continuar suas vidas em paz." Veja a nota dos
advogados de Givaldo: A defesa técnica de
Givaldo Alves de Souza, capitaneada pelos advogados Mathaus Agacci e Anderson
Almeida, da banca Agacci & Almeida Advocacia Criminal, recebeu com muita
serenidade, na data de ontem (20.05), o relatório final das investigações dos
fatos ocorridos em 09.03.2022. Concluiu o i. Delegado
de Polícia que presidiu as investigações aquilo que nós sustentamos desde o
início: nosso cliente, o Givaldo, não cometeu qualquer crime. Não houve estupro
de vulnerável! Em realidade, as
investigações foram concluídas apontando o Givaldo tão somente como vítima de
brutais e covardes agressões perpetradas pelo Sr. Eduardo Alves de Sousa, que
restou indiciado pelo crime de lesões corporais. As graves e profundas
feridas provocadas pela injusta acusação de estupro de vulnerável demorarão
para cicatrizar, mas o sentimento é de que a justiça imperou, como deve ser. Relembre o caso Na noite de 9 de março, o personal trainer Eduardo Alves
agrediu um homem em situação de rua em Planaltina. As agressões aconteceram
após o marido flagrar a mulher, Sandra Mara Fernandes, e Givaldo Alves tendo
relações sexuais no carro dela. Na ocasião, câmeras de segurança registraram a
briga e o ex-sem-teto saindo nu do veículo. Givaldo chegou a ser internado por
conta das agressões. O caso ganhou proporções nacionais. Devido a isso, o marido da vítima defendeu a companheira do
julgamento moral que ela sofria. Duas semanas após o caso ter sido divulgado, o
personal disse que a companheira teria sofrido violência sexual e estava
internada em um hospital por problemas psicológicos. Poucos dias após o ocorrido, Givaldo deu entrevista ao
Correio e negou que tenha se aproveitado da mulher. Isso porque, quando o
assunto veio a público, o personal informou que a mulher estava em surto e
passava por problemas psicológicos. As investigações seguiram em sigilo pela
16ª DP. Relato de Sandra Após quase dois meses internada para tratamento
psiquiátrico, Sandra Mara Fernandes utilizou as redes sociais para desabafar
sobre o caso. "Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua,
uma mulher com fetiches, uma mulher traidora", escreveu a companheira do
personal trainer em um perfil no dia 27 de abril.
No relato, Sandra afirmou que somente depois de deixar o
hospital ficou ciente da proporção que a história tomou e que foi vítima de
várias acusações sem fundamento. "Estou dilacerada pelo ocorrido",
disse ela, destacando também o ataque sofrido por outras mulheres, que a
"desejaram o pior", comentou. Na postagem, Sandra ressaltou se sentir
devastada e humilhada, e que foi julgada sem merecer, uma vez que estava em
estado de surto psicótico. Correio Braziliense, com fotos: Reprodução/Internet
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