30/05/2022
Adolescente de 15 anos confessa que matou a avó portadora de deficiência: “eu sou um monstro”
UBERABA, MG - Era por volta das 15h desse domingo (29/5),
quando um adolescente de 15 anos ligou para a Polícia Militar (PM) de Uberaba
dizendo que havia matado a própria avó, de 61, há três dias e que o corpo
estava dentro do quarto dela, em uma casa no Bairro Costa Teles 1, onde
moravam. A vítima tinha deficiência em uma das pernas e fazia uso de um
triciclo para se locomover. Segundo informações do registro da PM, o jovem declarou por
telefone que naquele momento estava no Bairro São José, nas proximidades da
Avenida João Teodoro de Almeida, e a caminho de linha férrea para cometer
suicídio.
Ainda na ligação para o 190, o jovem falou que faz
acompanhamento psicológico, que ouve vozes em sua cabeça e que não quer tomar
medicamentos.
De posse dos dois endereços, equipes policiais conseguindo
deter o jovem e também encontrar o corpo da vítima, em estado inicial de
putrefação. Ela estava deitada com a barriga para cima, próximo a uma cama.
No local do crime, ainda conforme o registro policial, não
foi encontrada nenhuma arma e sim um caderno com escritas do suspeito, onde ele
destacou a seguinte frase: "Minha justificação é matar ela (Sic), mas
matar é injustificável, eu sou um monstro”.
Relato do suspeito à
PM
Depois de ser localizado e apreendido, o jovem disse mais
uma vez aos militares que faz acompanhamento psicológico e que teria matado a
avó há três dias por enforcamento devido a motivos fúteis.
Além disso, ele relatou ainda que conviveu, normalmente, nesses
dias com o cadáver da avó.
Acompanhado da mãe, o adolescente foi encaminhado à
Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Uberaba para as próximas providências.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que instaurou
inquérito policial e está com investigação em andamento apurando os fatos. O adolescente foi ouvido na delegacia de plantão e
encaminhado ao Ministério Público para providências legais cabíveis e ele segue
sendo investigado.
Segundo a nota, na delegacia, o adolescente não confessou o
crime, "mas todos os levantamentos realizados são devidamente apurados
pela Polícia Civil para identificar a autoria e as circunstâncias do
crime". EM, com foto: Ilustração
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