31/05/2022
Diretores da PRF são demitidos uma semana após morte de Genivaldo em abordagem desastrosa
BRASÍLIA, DF - O diretor-executivo da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), Jean Coelho, segundo na corporação, e o diretor de inteligência,
Allan da Mota Rebello, foram demitidos nesta terça-feira (31/5). As exonerações
foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). As dispensas ocorrem uma semana após a morte de Genilvado de
Jesus Santos, 38 anos, em uma abordagem policial da PRF em Umbaúba, no litoral
sul de Sergipe. Policiais rodoviários federais prenderam Genilvado no
porta-malas de uma viatura e colocaram spray de pimenta e gás lacrimogênio com
ele. De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), o homem morreu por
asfixia e insuficiência respiratória. As portarias não falam o motivo das demissões e foram
assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. De acordo com a PRF, foi aberto um procedimento disciplinar
para apurar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem. Os policiais
também foram afastados. O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que determinou
a abertura de investigação pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária
Federal para esclarecer o episódio.
Nesta segunda-feira (30/5), o presidente Jair Bolsonaro (PL)
saiu em defesa da PRF e disse que quer
justiça 'sem exageros' no caso da morte de Genilvado. "A justiça vai
existir nesse caso e, com toda certeza, será feita a justiça né... Todos nós
queremos isso aí. Sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem
um lado: o lado da bandidagem. Como lamentavelmente grande parte de vocês se
comportam, sempre tomam as dores do outro lado. Lamentamos o ocorrido e vamos
com seriedade fazer o devido processo legal para não cometermos injustiça e
fazermos, de fato, justiça...", disse. Correio Braziliense, com foto: Reprodução/Vídeo
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