17/06/2022
Lula critica Bolsonaro afirmar que Jesus compraria pistola: “Deus é amor, humanismo, bondade”
BELO HORIZONTE, MG - Durante
o primeiro evento ao lado de Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo de
Minas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nessa
quarta-feira (15/6), a declaração de Jair Bolsonaro (PL) de que Jesus Cristo
“não comprou pistola porque não tinha” à época. Em defesa do armamento da
população, a afirmação foi feita ontem pelo presidente durante conversa com
apoiadores no Palácio da Alvorada. “Ele (Bolsonaro) disse que se no tempo de Jesus Cristo
tivesse pistola, ele teria comprado uma. Não é possível que uma pessoa que
pensa algo assim – e fala uma cretinice dessa – diga que é cristão ou crê em
Deus. Vocês podem ter certeza que o Deus de uma pessoa dessa não é o teu Deus e
não é o meu. Meu Deus significa amor, humanismo, bondade, carinho e respeito
pelos outros seres humanos”, disse Lula aos apoiadores durante o evento que
aconteceu em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Posteriormente, o candidato à Presidência da República
lamentou as mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista
britânico Dom Phillips, correspondente do jornal "The Guardian". No
início da noite dessa quarta-feira, o EM mostrou que a Polícia Federal
localizou os corpos em uma área indicada pelo suspeito de envolvimento nos
assassinatos. “É muito triste, pois este país é muito grande e civilizado
e não podemos passar uma imagem para o exterior que nós somos incivilizados;
que nós matamos quem defende a Amazônia e os indígenas”, disse Lula.
Vale dizer que, na semana passada, editores de alguns dos
principais jornais do mundo publicaram uma carta dirigida ao presidente
Bolsonaro em que cobravam respostas sobre o desaparecimento do jornalista
britânico e do indigenista, no Vale do Javari, no Amazonas.
Depois, o petista afirmou que, caso vença as eleições,
assumirá o compromisso de combater a garimpagem em terras indígenas. “É
importante a gente nunca esquecer que não são os índios que estão ocupando a
nossa terra. Foram os portugueses que ocuparam a terra deles em 1500. Portanto,
a demarcação da terra indígena é um compromisso moral e ético daqueles que são
humanistas”, avaliou. EM, com foto: Reprodução/Vídeo
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