03/07/2022
Nilda repudia ex-presidente da Caixa e inércia de Bolsonaro sobre denúncia de assédio sexual
BRASÍLIA, DF - A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) assinou Nota
de Repúdio ao ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães,
denunciado por assédio sexual a servidoras da instituição financeira que
presidia até a tarde de quinta-feira (29). As denúncias geraram indignação da
sociedade, chegando ao Plenário do Senado Federal, onde os parlamentares
cobraram a imediata exoneração do denunciado. Na Bancada Feminina, liderada pela senadora Eliziane Gama
(Cidadania-MA), e da qual a senadora Nilda Gondim é vice-líder, foi elaborada e
assinada Nota de Repúdio, nos seguintes termos: “Manifestamos total
repúdio ao Sr. Pedro Guimarães, que, no exercício do cargo de presidente da
Caixa Econômica Federal, foi denunciado por assédio sexual conta as
funcionárias do banco, caso que vem sendo investigado pelo Ministério Público
Federal. É inadmissível que uma
autoridade se valha do cargo para cometer crimes de assédio, reiteradas vezes,
contra suas subordinadas. Lamentamos profundamente que ao menos cinco mulheres
tenham sofrido tamanha violência no ambiente de trabalho, um procedimento abjeto
e recorrente que estaria sendo praticado pelo presidente da Caixa. Somos solidárias a elas. Repudiamos ainda que,
mesmo diante das denúncias, o acusado Pedro Guimarães tenha participado como
presidente, com direito a discurso, do evento de lançamento do Plano Safra
22/23 nesta quarta-feira (29). A conduta de uma
autoridade assediar, constranger e abusar de subordinados é crime previsto nos
termos do art.216-A do Código Penal. Sala das Sessões, 29
de junho de 2022.”
Comentando o teor da Nota de Repúdio ao ex-presidente da
Caixa Econômica, a senadora Nilda Gondim criticou, no final da tarde deste
sábado (01), a indiferença irresponsável demonstrada pelo presidente Bolsonaro
diante da gravidade das denúncias que deveriam tê-lo estimulado ao imediato
afastamento do denunciado. “Ao invés disso, ele não tomou nenhuma providência,
apesar da gravidade das denúncias, e o acusado de assédio sexual só deixou a
presidência da Caixa Econômica porque não suportou a pressão da sociedade e
pediu demissão”, ressaltou. Assessoria, com foto: Divulgação
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