20/07/2022
Justiça determina retorno à Polícia Civil de investigação da morte de tesoureiro do PT
FOZ DO IGUAÇU, PR - O juiz Gustavo Germano Francisco
Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, determinou
o retorno à Polícia Civil do inquérito que apura a morte do tesoureiro do PT
Marcelo Arruda pelo policial penal federal Jorge Guaranho. O inquérito foi concluído na semana passada pela polícia.
Guaranho foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Porém, após
pedidos do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da família de Arruda, o
magistrado determinou à polícia o cumprimento de novas diligências. O crime aconteceu na noite de sábado, 9 de julho. Marcelo
Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário, que
tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula. À Justiça, o promotor responsável pelo caso, Tiago Lisboa,
cita a necessidade de buscar imagens de câmeras de segurança que possam ter
registrado trajeto feito pelo policial penal no dia do assassinato. "Razoável seja diligenciado junto ao comércio, residências
e vias públicas em que teria transitado o agressor, quando sai da ASSEMIB
[Associação dos Empregados da Itaipu Binacional Brasil] em direção à ARESF
[Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu] na data do
fatídico evento, dirige-se à sua residência e posteriormente retorna à ARESF,
para obtenção, com a urgência que a diligência requer, de câmeras de filmagem
que possam ter capturado imagens do mesmo, a fim de traçar, com precisão, o
percurso realizado pelo agressor", pede o promotor. Lisboa afirma que, caso haja imagens, o conteúdo deve ser
enviado ao Instituto de Criminalística para perícia. Também pediu a realização
de depoimentos complementares. O MP cobrou urgência no cumprimento das
diligências. Polícia diz que fará
buscas Após a decisão judicial, a Polícia Civil afirmou nesta
terça-feira (19) que "irá cumprir as diligências rapidamente". "As perícias já tinham sido requisitadas pela
autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada; por enquanto, sem
previsão de conclusão", informou a corporação. Mais tarde, a polícia informou que nesta terça ouviu mais
três testemunhas do crime. Independente dos prazos de conclusão das novas medidas pela
polícia, o Ministério Público marcou uma coletiva de imprensa para a tarde
desta quarta-feira (20) na qual deve falar sobre a denúncia do caso. O juiz responsável pelo processo também atendeu pedido do
Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para compartilhamento de
informações colhidas nas investigações.
O compartilhamento busca colaborar com processo
administrativo disciplinar aberto pelo Depen sobre Jorge Guaranho. g1, com foto: Arquivo Pessoal
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