03/08/2022
Paraíba já registrou mais de 41 mil casos de dengue, zika e chikungunya este ano
JOÃO PESSOA, PB - A Secretaria de Estado da Saúde (SES)
divulgou, nesta segunda-feira (1º), o boletim epidemiológico nº 08, no qual
consta o registro de 41.598 casos prováveis de arboviroses (chikungunya, dengue
e zika), desde janeiro até julho deste ano. Quando comparado ao boletim
anterior, percebe-se um aumento de 8.940 casos novos no mês de julho. Somente
da dengue foram mais de 5.000 casos. Do total de 41.598 casos prováveis, 24.674 são de dengue;
15.871 referentes à chikungunya e, para a doença aguda pelo vírus zika, foram
notificados 1.053 casos prováveis. Além da dengue, os casos prováveis de
chikungunya também apresentaram aumento de 3.580 casos. Os casos prováveis de
zika tiveram um acréscimo mais discreto, com mais 346 casos. Quanto aos óbitos, foram confirmados 12, sendo 08 para
chikungunya nos municípios de Araçagi, Campina Grande, João Pessoa, Pombal,
Queimadas, Santa Luzia, Serra da Raiz e Vista Serrana e 04 por dengue, nos municípios de Patos, Santa
Rita, Santa Luzia e Serra Branca. De acordo com Carla Jaciara, da área técnica em arboviroses
da SES, observa-se que 149 municípios têm casos suspeitos/confirmados de
arboviroses, com incidência alta, indicando maior circulação do mosquito e,
consequentemente, trazendo riscos de adoecimento para população. Foram identificados 228 casos confirmados de dengue com
sorotipo 2 (DENV-2), distribuídos em 49 municípios e 60 casos confirmados com
sorotipo 1 (DENV-1), em 17 municípios. “Diante disso, é de extrema importância que a população
procure um serviço de saúde quando apresentar qualquer sintoma suspeito de
arbovirose, para que seja realizada coleta de amostra de sangue em tempo
oportuno, e que este caso suspeito seja notificado”, alertou. Carla lembrou ainda que os focos do mosquito Aedes Aegypti,
na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a
importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao
mosquito é permanente. “Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina
para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas,
e, em especial, lavar bem a caixa d'água e depois vedar. Não deixar água
acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar
garrafas cobertas ou de cabeça para baixo são algumas medidas que podem fazer
toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de
receber em domicílio o técnico de saúde, devidamente credenciado, para que as
visitas de rotina sirvam como vigilância”, observou.
Entre as ações propostas pela SES de combate às arboviroses,
estão a distribuição de larvicidas e inseticidas às Gerências Regionais de
Saúde e seus respectivos municípios; realização do LIRAa/LIA, método de
amostragem com o objetivo principal de obter indicadores entomológicos, de
maneira rápida, com vistas a fortalecer o combate vetorial, direcionando as
ações de forma otimizada para as áreas identificadas de maior risco. Funciona
como uma carta de navegação. Sem essa informação atualizada, a efetividade das
medidas de controle será prejudicada, pois haverá dificuldades em identificar
as áreas com os maiores índices de infestação pelo Aedes Aegypti. O 2º
LIRAa/LIA-2022 foi realizado pelos municípios paraibanos no período de 04 a 13
de julho do corrente ano. Assessoria, com foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
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