14/08/2022
Filhos e mulher realizam ato no Dia dos Pais em memória de petista morto por bolsonarista
FOZ DO IGUAÇU, PR - Os filhos e a mulher do tesoureiro do PT
Marcelo Arruda, morto a tiros em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná realizam
neste domingo (14), Dia dos Pais, um ato religioso pela paz em memória do
petista. Marcelo Arruda foi baleado em 9 de julho pelo policial penal
Jorge Guaranho na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o
ex-presidente Lula. Arruda revidou os disparos e atingiu Guaranho, que ficou
internado desde a data do crime, até a última quarta-feira (10), quando teve
alta e foi preso. Cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos, participaram
da ação que foi realizada próximo a igreja matriz de Foz do Iguaçu. Eles levam
cartazes com dizeres "1º Dia dos Pais sem nosso pai", "chega de
ódio, queremos paz e justiça". Com rosas nas mãos, o grupo fez algumas orações e, em
seguida, uma caminhada em silêncio em ruas próximas à igreja. Leonardo Miranda de Arruda, um dos filhos do tesoureiro,
disse que o ato teve como objetivo pedir justiça e tolerância após a morte do
pai. Ele lembrou que este é o primeiro Dia dos Pais sem Arruda. “Pela, pela justiça, pelo fim de todo esse ódio que assombra
a nossa sociedade. [...] A Justiça, claro como foi feita, começou a ser feita,
que ela continue sendo feita. Que a pessoa que cometeu esse ato que
infelizmente tirou o meu pai de mim, hoje estou comemorando o dia dos pais sem
meu pai [...] que ele pague pelo que fez. Não vai trazer meu pai de volta, mas
é algo que demonstra que a Justiça pode ser feita", afirmou Leonardo. A mulher de Marcelo Arruda a policial civil Pamela Silva
também falou sobre o pedido de justiça e a importância do ato para os filhos do
tesoureiro. “Um ato importante principalmente para os filhos, terem esse
momento de acolhimento com amigos, com a família, para continuar pedindo pela
paz, esse é o principal. Para que não haja mais esse ato de violência que
aconteceu com o Marcelo e a justiça, perante essa violência brutal, perante o
crime, que haja justiça,” disse a viúva. Prisão Na quarta-feira (10), quando Guaranho recebeu alta e deveria
ser transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na região
metropolitana de Curitiba. Contudo, um ofício do próprio Complexo disse que o local não
tinha estrutura para atender as necessidades médicas que o réu precisaria, por
isso, ele ele ficou em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica. A Justiça, no entanto, revogou na sexta (12) a prisão
domiciliar do policial e determinou que ele fosse transferido para CMP de
Pinhais, que informou que tinha as condições necessárias para oferecer a
assistência médica necessária ao policial penal federal. Na madrugada de sábado, por volta das 2h50, Guaranho deu
entrada no Complexo, onde se encontra em uma cela, recebendo todo apoio necessário,
conforme a Secretaria de Segurança Pública. A defesa dele afirmou no sábado que o local não oferece as
condições ideais para Guaranho e entrou com pedido na Justiça para revogação da
prisão dele.
O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça e o policial
permanece preso neste domingo (14). g1, com fotos: Giovani Zanardi/RPC Foz do Iguaçu
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