19/02/2021
Veneziano critica 4º aumento na gasolina este ano autorizado pela Petrobras e defende reajuste com base em realidade local, não internacional
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) criticou nesta
quinta-feira (18) mais um reajuste nos preços dos combustíveis autorizado pela Petrobras,
o 4º da gasolina e o 3º do diesel só este ano. Com os novos reajustes, o litro
da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o
diesel subiu 27,72% no mesmo período. Segundo o parlamentar, que é Vice-Presidente do Senado
Federal, o governo brasileiro tem que alterar a forma de reajuste dos
combustíveis urgentemente, sob pena de sermos penalizados, nos próximos meses,
com reajustes bem mais frequentes e maiores, considerando a expectativa de
consideráveis altas do dólar para este ano. Segundo Veneziano, não basta propor
alteração nos tributos que incidem sobre os combustíveis se a Petrobras
continuar penalizando o consumidor com sucessivos e elevados reajustes. Para o senador paraibano, o Brasil tem realidades diferentes
em relação ao mercado internacional que devem ser consideradas para da
definição de uma política de reajustes dos combustíveis. “Não se pode relevar a
realidade de um país com dimensões continentais, com sua economia de características
bem próprias e que diferem do padrão internacional”, afirmou. Veneziano Vital ressaltou que, no Brasil, existe uma
dependência direta dos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, para a
definição de reajustes de bens de consumo, principalmente dos alimentos. “Por
isso que um reajuste de combustíveis tem um impacto enorme na alta dos preços
de produtos diversos, inclusive os de primeira necessidade, o que gera mais
inflação e mais dificuldades para a subsistência, especialmente das famílias
mais carentes”.
Por conta dessa e de outras peculiaridades, Veneziano disse
que a política de reajuste dos preços dos combustíveis no Brasil não pode
continuar atrelada ao mercado internacional, que tem uma realidade totalmente
diferente. “Não podemos basear a nossa realidade, nossas peculiaridades, nossas
dificuldades, com as especificidades de outras nações. É injusto e incompatível”,
salientou o senador. Assessoria
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