30/10/2022
Policial bolsonarista é preso por insultar, ameaçar e agredir apoiadora de Lula
DIVINÓPOLIS, MG - Um policial penal apoiador do presidente
Jair Bolsonaro (PL) foi preso na tarde deste sábado (29/10) em Divinópolis, no
Centro-Oeste de Minas, por insultar, ameaçar e agredir pessoas que participavam
de uma passeata de apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O homem estava em um bar quando a manifestação pró-Lula
passou em frente ao local. No momento, ele começou a ofender uma mulher que
integrava o evento. Embriagado, o policial a chamou de lésbica em razão do
candidato escolhido para votar, atirou-lhe cerveja e ameaçou quebrar o carro
dela. A vítima relatou o ocorrido nas redes sociais. “Estacionei o carro, o cara veio e falou sai daqui. Vou
quebrar seu carro se ficar aqui. Aí eu desci do carro e falei: como é que é?
Ele falou: só pode ser lésbica. Quem é do PT só pode ser lésbica. Jogou cerveja
no meu carro, jogou em mim”. Homofobia O estudante Lucas Melo também esteve na delegacia da Polícia
Civil para registrar ocorrência por homofobia contra o homem. Enquanto
bandeirava na praça, ele relatou ter sido atacado verbalmente. “O cara chegou até mim do nada perguntando quanto eu estaria
ganhando por estar ali, me manifestando a favor da candidatura do Lula. Eu
ignorei por diversão, vezes até pedi a ele para sair, pois o mesmo havia
chegado para querer discutir. Como ignorei ele, aí que foi o ápice”. A partir daí, Lucas ouviu palavras homofóbicas. “Foi quando
chegou o meu namorado para me tirar dali. Eu fiquei sem reação e muito sem
graça. Não imaginava passar por isso. Foi quando ele se dirigiu a mulher com os
familiares, atirou cerveja contra ela”. Prisão Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram o momento em
que a Polícia Militar prendeu o bolsonarista e o colocou dentro da viatura.
Conduzido à Delegacia de Polícia Civil, o agente de segurança pública prestou
depoimento ao delegado de plantão e, em seguida, foi liberado.
Procurada pelo Estado de Minas, a Secretaria de Justiça e
Segurança Pública de Minas Gerais informou que o fato ocorreu fora do horário
de expediente do servidor. Portanto, conforme o órgão, não há no momento
circunstância que requeira instauração de investigação preliminar ou apuração
da conduta do agente pela Corregedoria. EM, com foto: Reprodução/Redes Sociais
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