16/11/2022
Garoto de programa contratado por noivos para noitada em motel conta como jovem matou empresário
CANDANGOLÂNDIA, DF - O garoto de programa contratado por
Marcela Ellen, 31 anos, e pelo então noivo, Jordan Guimarães Lombardi, 39,
compareceu à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), na tarde desta
segunda-feira (14/11), para prestar depoimento acerca do assassinato do
empresário. O executivo foi morto depois de levar um tiro em um dos
olhos, disparado pela companheira na suíte do Motel Park Way, na
Candangolândia. A mulher está presa preventivamente em um presídio de Barro
Alto, Goiás. O rapaz, contratado pelo casal, relatou à polícia que ficou
por cerca de 40 minutos no quarto e presenciou o início da discussão entre os
noivos. Segundo ele, Jordan pagou R$ 5 mil pelo serviço. O comprovante de
pagamento foi apresentado por ele aos investigadores. Em depoimento, o homem disse que Jordan estava na banheira
no momento em que ele e Marcela começaram a trocar carícias. Nervoso ao ver a
cena, o empresário saiu da hidromassagem e teria corrido para agredi-lo, e
chegou a enforcá-lo. Segundo o acompanhante, os três rolaram no chão durante a
briga, então Marcela correu e pegou a arma na bolsa. Foi neste momento que ele
deixou o motel assustado e foi embora, conforme relatou. Morte Jordan e Marcela saíram do bairro de Moema, em São Paulo, em
uma viagem de carro a Brasília, no domingo passado. Durante todo o trajeto,
usaram cocaína e, ao chegarem, deram entrada no Motel Park Way, na
Candangolândia. Uma das motivações do assassinato de Jordan deve-se ao motivo
de que a Marcela teria descoberto que a filha do noivo sofria abuso sexual por
parte do padrasto e, por isso, cobrava uma posição do companheiro. A mulher teria ligado
para o Disque 100, para fazer a denúncia, quando levou tapas no rosto, segundo
contou em depoimento. Ela foi até a bolsa, pegou uma arma, que pertencia ao empresário,
e apontou para ele. "Minha filha jamais mataria alguém. Ela é uma pessoa
carinhosa, que era apaixonada pelo noivo. Choramos amargamente por tudo. Não
queremos justificar, porque isso (assassinato) não tem justificativa. O que
causou tudo isso foram as drogas. Ela foi de um conto de fadas para um terror.
Mas sabemos que, para ela ter feito isso, é porque queria se defender",
disse o pai, em entrevista concedida ao Correio neste domingo (13/11). O tiro acertou um olho de Jordan. Em fuga, Marcela pegou o
carro do noivo e dirigiu até uma via próximo ao distrito de Girassol (GO). Lá,
o veículo apagou e ela usou uma arma para abordar o motorista de uma Kombi e
tentou levar o automóvel. O condutor conseguiu pedir ajuda da vizinhança e a
mulher foi presa em flagrante.
Ela passou por audiência de custódia e teve a prisão
preventiva determinada pela Justiça. Agora, a bacharel em direito está detida
em uma cela especial do presídio de Barro Alto (GO). Correio Braziliense, com foto: Reprodução/Redes Sociais
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