16/11/2022
Bispo Dom Vicente de Paula Ferreira é ameaçado por homem com arma na porta da igreja em Minas Gerais
BELO HORIZONTE, MG - A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)
informou nesta segunda-feira (14/11) que uma investigação está em curso para
apurar uma denúncia feita pelo bispo Vicente de Paula Ferreira. O religioso
teria sido alvo de ameaças após conduzir uma missa na cidade de Moeda, na
Grande BH. O suspeito ainda não foi identificado e é procurado pelas
autoridades. Dom Vicente, que é bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo
Horizonte, registrou a ocorrência nesse domingo (13/11) na delegacia da Polícia
Civil na capital – um dia depois de um homem ser flagrado por fiéis com uma
arma de fogo do lado de fora da igreja. O suspeito disse, segundo testemunhas, que “estava
esperando” por Dom Vicente. Após o término da celebração religiosa no último
sábado (12/11), o bispo teria sido abordado pelo indivíduo, quando ocorreu a
ameaça.
Em nota, a PCMG informou que o bispo registrou ontem a
“ocorrência de ameaça” para, deste modo, “solicitar as providências de polícia
judiciária”. “A investigação tramita na Delegacia de Polícia Civil em Belo
Vale, e mais informações serão repassadas após a conclusão das investigações”,
pontuou a instituição policial, em nota. “Agradecer por estar
vivo”
No início da noite desta segunda-feira, Dom Vicente publicou
um vídeo em seu perfil oficial no Instagram com palavras de fé e agradeceu as
mensagens de apoio. “Quero agradecer, primeiramente, a Deus por eu estar vivo e
pela missão que tenho como pastor em nossas comunidades”, inicia o religioso,
destacando “as inúmeras manifestações de carinho e solidariedade” recebidas. Por fim, Dom Vicente reafirmou o compromisso “em continuar
defendendo o evangelho de Jesus” e também “os mais pobres e vulneráveis”.
“Intolerância
religiosa”
Em comunicado emitido pela Arquidiocese de Belo Horizonte, o
arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo disse que se solidariza e “permanece
unido a Dom Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo
Horizonte”.
Ainda conforme a comunicação, o religioso foi “vítima da
intolerância, da falta de um senso mínimo para a convivialidade, do desrespeito
covarde, colocando vidas – dom sagrado – em risco, sintomas graves de uma
sociedade adoecida”.
“Providências judiciais já estão sendo adotadas para que as
hostilidades destinadas a um servidor do Evangelho, no exercício de sua missão,
não permaneçam impunes. Em uma sociedade livre e democrática, a divergência de
opiniões não pode justificar atitudes beligerantes, descompromissadas com a
fraternidade. O Evangelho ensina que todos, independentemente de suas
convicções, somos irmãos uns dos outros, filhos e filhas de Deus”, finalizou a
Arquidiocese de Belo Horizonte. EM, com foto: Reprodução/Instagram
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