21/12/2022
Professora que jogou balde de água em criança autista é afastada de escola
UBERABA, MG - A professora de apoio de um Centro Municipal
de Educação Infantil (Cemei) de Uberaba, que jogou balde de água fria na cabeça
de um menino autista, de 5 anos, foi afastada nesta terça-feira (20/12)
pela Secretaria Municipal de Educação. De acordo com o secretário Celso Neto foram tomadas as
medidas administrativas cabíveis e a profissional de apoio foi afastada de
forma preventiva. “Ela também será notificada sobre os fatos ocorridos, para
que possa se manifestar dentro do prazo definido pela legislação. As
responsabilidades estão sendo apuradas pelas autoridades competentes e as
penalidades serão aplicadas”, complementou. Após a família da criança registrar um boletim de ocorrência
na PM por maus tratos nesta segunda-feira (19/12), dia do suposto crime, a
suspeita prestou depoimento ao delegado de plantão de Polícia Civil (PC) e foi
liberada. Em seguida, um inquérito policial foi instaurado e a Delegacia da
Família de Uberaba investiga o caso. Xingamentos e ameaças Por meio de redes sociais, Celso Neto lamentou os
xingamentos e ameaças que tanto a suspeita dos maus tratos contra a criança
quanto outros profissionais do Cemei estão sofrendo. “Linchamento social de ninguém é benéfico. Hoje (20/12) as
pessoas estavam indo na porta da escola e xingaram e ameaçaram outras
profissionais e isso também nas redes sociais, falando que vão jogar ácido
nelas, enfim. É uma barbaridade total e eu nunca vou ser a favor disso. Então
vamos conduzir isso de forma séria (...) não podemos fazer disso um linchamento
social e a gente tem que olhar o lado do ser humano”, considerou.
Ainda conforme o secretário de Educação de Uberaba,
representantes do Departamento Municipal de Educação Inclusiva e da Seção de
Assistência ao Educando estiveram presentes no local do suposto crime de maus
tratos nesta terça-feira para oferecer orientação aos profissionais do
magistério e promover uma prática de acolhimento coletiva, contando com
psicólogos, assistentes sociais e assessoria pedagógica. “Esse acontecimento é
um dano muito complexo também para toda a equipe do Cemei e nós estamos atentos
a isso”, finalizou. Relato da suspeita à
PM Com relação à denúncia de maus tratos, a mulher explicou,
como consta no boletim de ocorrência da PM,
que a intenção de jogar o balde de água no menino foi para acalmá-lo, já
que ele estaria em um momento de crise e muito agitado.
Ela ressaltou também que nunca e, em hipótese alguma, fez ou
faria algo para machucar a criança. Alegou ainda aos militares que a criança
adora água e que fica um copo no local para eles brincarem todas as vezes que
passa por crises; e que costuma dar os banhos ao ar livre e com o balde, pois o
menino não permanece quieto embaixo do chuveiro e, assim, evita que ele se
machuque. EM, com foto: Reprodução/Redes Sociais
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