08/01/2023
Mais de 150 bolsonaristas já foram presos por atos de vandalismos em Brasília
BRASÍLIA, DF - Manifestantes apoiadores do ex-presidente
Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso
Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão
começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos
Ministérios, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o
primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando
foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e
danificaram o plenário da Casa. Após a depredação no Congresso, eles invadiram o
Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram
vidros e móveis. As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que
estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma
tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem
golpistas. Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse
que "essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai
prevalecer". Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que
o efetivo seria reforçado. "As forças de que dispomos estão agindo. Estou
na sede do Ministério da Justiça", escreveu o ministro. Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual
secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson
Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado
ao setor de operações "providências imediatas para o restabelecimento da
ordem no centro de Brasília". O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta,
disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer
união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma
minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência.
Uma minoria violenta, que vai ser
tratada com o rigor da lei”. Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo
Pacheco disse repudiar "veementemente esses atos antidemocráticos",
que, segundo ele, deverão "sofrer o rigor da lei com urgência". A
Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão. "Conversei há pouco, por telefone, com o governador do
Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O
governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato
policial no sentido de controlar a situação", disse Pacheco. O presidente da Câmara publicou nas redes sociais que o
Congresso Social jamais negou "voz a quem queira se manifestar
pacificamente". "Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e
vandalismo." Na postagem, Lira diz que os responsáveis que "romoveram
e acorbetaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais
símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei". "A democracia pressupõe alternância de poder,
divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o
Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a
liberdade, a democracia e o respeito à Constituição", escreveu Lira. ATUALIZAÇÃO: Às 19h a Globo News informou que mais de 150
bolsonaristas já haviam sido presos, por conta dos atos de vandalismo.
Com informações da Agência Brasil e foto: Marcelo Camargo
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