09/01/2023
Urina e fezes serão usadas para identificar bolsonaristas que depredaram sedes dos poderes em Brasília
BRASÍLIA, DF - Os materiais orgânicos, como sangue, urina e
fezes, deixados pelos invasores no ataque terrorista em Brasília serão usados
para identificar os criminosos que depredaram as sedes dos Três Poderes nesse
domingo (8/1). A declaração foi feita pelo ministro da Secretaria de
Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, nesta segunda-feira (9/1). "Tem
muito material orgânico. Então, é possível fazer a identificação dos criminosos
pela coleta. Tem muito sangue, tem fezes, e urina", detalhou. Os manifestantes extremistas deixaram um rastro de
destruição e sujeira no Congresso. Vídeos que circulam nas redes sociais
mostram bolsonaristas evacuando e urinando em salas dentro do Supremo Tribunal
Federal (STF). A perícia também encontrou uma granada no prédio do
STF. Até o momento, cerca de 300 pessoas foram presas e 1.200 extremistas
que estavam em acampamento do QG foram levados para a sede da Pollícia Federal.
O Ministério da Justiça irá pedir novas prisões nesta segunda-feira (9/1). Invasão em Brasília Os invasores reviraram os prédios do Congresso nesse domingo
(8/1), quebraram vidros, destruíram móveis e também obras de arte. "A parte mais danificada foi o térreo e o segundo
andar. A região do térreo foi totalmente destruída, o segundo andar, e o
terceiro andar, com exceção da área onde fica o gabinete do presidente, as
demais áreas também foram totalmente destruídas", detalhou Pimenta. Os atos de violência aconteceram uma semana após a posse de
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) se recusam a aceitar o resultado das eleições e demandam intervenção
militar em todo o país.
Com a invasão, Lula decretou a intervenção federal na
segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual
secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A
intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro. EM, com foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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