21/01/2023
Moraes conclui análises e mantem presos 942 bolsonaristas que participaram dos atos golpistas em Brasília
BRASÍLIA, DF - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), concluiu hoje (20) a análise das audiências de custódia
de 1,4 mil presos por participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que
culminaram na invasão e depredação das sedes do Palácio do Planalto, do
Congresso Nacional e do STF. De acordo com o levantamento divulgado pela Corte, o
ministro decidiu manter a prisão preventiva de 942 acusados e determinou a
soltura de 464. Ao manter as prisões, Moraes entendeu que a medida é
necessária para garantir a ordem pública e a efetividade das investigações. Os
acusados respondem pelos crimes de ato preparatório de terrorismo, associação
criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado,
ameaça e incitação ao crime. Os investigados que serão soltos deverão colocar tornozeleira
eletrônica. Eles estão proibidos de sair de suas cidades e de usar redes
sociais. Além disso, terão os passaportes cancelados e os documentos de posse
de arma suspensos. Após as prisões realizadas em 8 de janeiro, Alexandre de
Moraes delegou as audiências de custódia para juízes federais e do Tribunal de
Justiça do DF. As informações sobre os presos são centralizadas no Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a
manutenção das prisões. Golpe Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito
em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair
Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe
militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em
diversos quartéis generais do país e culminaram na invasão e depredação das
sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. André Richter/Aline
Leal, com foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil
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