29/01/2023
Novo bafômetro é capaz de detectar presença de álcool no ar, sem a necessidade de colocar o aparelho na boca
SÃO PAULO, SP - A Polícia Militar Rodoviária de São Paulo já
está usando um novo bafômetro, mais moderno, para detectar motoristas
alcoolizados. O motorista que matou a mulher de Ozério dirigia em alta
velocidade e bêbado. O carro de Adriane Gallão, de 50 anos, ficou destruído
depois da batida em uma rodovia de Sorocaba, no interior de São Paulo. "O laudo apontou que o impacto lançou o carro dela a 46
metros de distância. É como se fosse pegar uma pedra e jogar uma pedra a 46
metros de distância, de tão grande que era a velocidade do carro dele. Na hora
que eu cheguei no local e vi carro, eu não acreditava", contou o diretor
de penitenciária Ozério Tadeu Pereira. Em todo o ano passado, 63 pessoas morreram nas estradas
estaduais de São Paulo em acidentes provocados por motoristas bêbados. No mesmo
período, a Polícia Rodoviária multou 8.615 motoristas por embriaguez ao
volante. Quase 490 motoristas bêbados foram presos. Os agentes estão contando com o reforço da tecnologia para
descobrir quem dirige alcoolizado. É um tipo de bafômetro que passou a ser
usado no início da pandemia e que está sendo utilizado com mais frequência
pelos policiais. A vantagem é que o motorista nem precisa encostar a boca no
aparelho para fazer o teste. O equipamento fica a poucos centímetros do motorista. Quando
ele assopra o bafômetro consegue pegar a presença de álcool no ar. Com a luz
verde o motorista é liberado, mas se fica vermelha entre em cena o aparelho
antigo. "A gente submete a pessoa ao etilômetro ativo que vai
nos trazer exatamente quanto que ela bebeu, porque dependendo do tanto de
bebida que foi ingerida, ela pode ser inclusive presa pelo crime de embriaguez
ao volante", afirmou o capitão Rafael Lara, da Polícia Militar Rodoviária
de SP. Os números comprovam a necessidade de prevenção.
"A capacidade de reflexo da pessoa que ingeriu álcool
piora em cerca de 10 vezes. Aumento da chance do uso de celular, aumento da
chance de ultrapassar o sinal vermelho, aumento da velocidade, que é o
principal fator de risco. Então o álcool tem ação, sim, direta na nossa direção
veicular. É melhor não fazer uso, é melhor não ter esse risco, entender que o
álcool e a direção não combinam”, disse Aquilla dos Anjos Couto, coordenador da
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. g1/JN, com foto: Pedro França/Agência Senado
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