29/01/2023
Nilda condena descaso do ex-presidente Bolsonaro para com os direitos e a vida dos povos Yanomamis
BRASÍLIA, DF - A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) condenou a
postura de descaso do ex-presidente Bolsonaro e seus auxiliares para com os
direitos fundamentais (inclusive o direito à vida) dos povos indígenas
brasileiros, em especial das comunidades Yanomamis, localizadas no Estado de
Roraima, no Norte do País, as quais foram completamente expostas às situações
mais absurdas de abandono e de ameaça de extermínio, seja pela fome ou por uma
infinidade de doenças decorrentes das atividades ilegais do garimpo amplamente
ativo na região. Conforme a senadora paraibana, foram muitos os alertas e
apelos encaminhados ao ex-presidente e aos seus Ministérios para que fossem
providenciadas garantidas sanitárias, de segurança, de saúde, de alimentação e
de todos os demais direitos imprescindíveis a uma vida humana digna e saudável.
Por exemplo, ela lembrou apelo que fez ao Ministério da Saúde, ainda em 2021,
em sessão do Senado realizada no dia 17 de novembro, visando ao
restabelecimento do equilíbrio sanitário das comunidades yanomamis que integram
a maior reserva indígena brasileira. “Alvo do garimpo ilegal de ouro desde a década de 1980, a
área é marcada por conflitos armados, desmatamentos e degradação de florestas,
contaminação de rios, desnutrição (especialmente de crianças) em face da escassez
de alimentos, e proliferação de doenças que já deveriam ter sido banidas do
território brasileiro, com destaque para a malária, que continua matando
indígenas em pleno Século XXI, mesmo se tratando de uma patologia de tratamento
conhecido e eficaz”, enfatizou a senadora no apelo que fez há mais de um ano. Nilda também observou que, apesar do aparente isolamento dos
povos yanomamis em relação ao conjunto da população brasileira, a Covid-19
também chegou à região, levada por garimpeiros contaminados pelo coronavírus, e
infectou e matou indígenas, sem que nenhuma providência fosse tomada pelo
governo federal. Sofrimento e abandono Nilda Gondim afirmou que o
sofrimento e o abandono a que os povos yanomamis foram submetidos pôs em dúvida
a crença de que a sociedade brasileira seja realmente uma sociedade civilizada.
“Do alto do nosso egocentrismo, até quando manteremos vivo o autoengano que nos
faz crer que compomos uma civilização avançada, enquanto toleramos que crianças
indígenas yanomamis sofram a dor da fome, da desnutrição crônica e do abandono
sanitário?”, questionou a senadora paraibana. Citando reportagem exibida em programas jornalísticos da TV
Globo, que destacaram a situação de penúria vivida pela comunidade yanomami,
Nilda Gondim lamentou que o governo do ex-presidente Bolsonaro, que deveria ter
prestado a devida assistência aos povos indígenas, em todos os níveis
(sanitário, educacional, alimentício, de moradia etc.), tenha se mantido
indiferente ao sofrimento dos yanomamis, assim como de todas as demais camadas
mais vulneráveis da população brasileira. No pronunciamento de novembro de 2021, referindo-se especificamente ao abandono e à
exposição a doenças que penalizavam as comunidades yanomamis, Nilda Gondim
citou como exemplo de irresponsabilidade e desumanidade a ausência de medidas
simples como o abastecimento, por parte do então governo Bolsonaro, dos postos
de saúde que deveriam socorrer os enfermos que necessitam de assistência
médica. “E o pior de tudo é que os postos de saúde, além de desabastecidos,
possuem estrutura física extremamente precária”, acrescentou, destacando
informação de reportagem da TV Globo segundo a qual estudo da Fiocruz constatou
que oito a cada dez crianças yanomamis estavam acometidas de desnutrição
crônica naquele ano. Nilda Gondim disse ser lamentável que, em pleno século XXI,
governantes como o ex-presidente Bolsonaro continuassem permitindo que 80% das
crianças de uma comunidade fossem submetidas a grave estado de desnutrição, e
ainda que essas crianças sofressem com altos níveis de infestação por parasitas
e, o que é ainda mais grave, com a contaminação pelo mercúrio utilizado pelos
garimpeiros ilegais presentes na reserva. Em 17 de novembro de 2021 a senadora enfatizou: “Não venho a
este Parlamento, hoje, fazer uma simples crítica política ou de cunho gerencial
ao governo. Venho apelar para que o Ministério da Saúde tome todas as
providências necessárias ao restabelecimento do equilíbrio sanitário das
comunidades yanomamis. Tais providências são fundamentais, não apenas para
salvaguardar a saúde e a dignidade dos indígenas, mas também para manter viva a
nossa esperança de estarmos caminhando para a formação de uma sociedade, de
fato, civilizada”.
Hoje (28 de janeiro de 2023), Nilda Gondim lamenta que o
Brasil tenha perdido um longo tempo com a inoperância, a incompetência e a
insensibilidade de uma gestão (do ex-presidente Bolsonaro) que nada fez para
garantir qualidade de vida e respeito aos direitos fundamentais das pessoas, e
que só causou atraso econômico, político e social ao País. “Felizmente, a
maioria do povo brasileiro conseguiu tirar o ex-presidente Bolsonaro do
Planalto, por meio do sagrado e democrático direito do voto, colocando na
condução dos destinos do País um governo (comandado pelo presidente Lula)
capaz, democrático e verdadeiramente comprometido com os interesses da
população, especialmente das classes mais vulneráveis”, ressaltou. Assessoria, com foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
|