21/02/2023
Veja as cidades que mais consomem bebidas alcoólicas no Brasil; tem paraibana na lista
SÃO PAULO, SP - Belo Horizonte é a capital que mais consumiu
bebidas alcoólicas em 2021, segundo pesquisa do Ministério da Saúde. O levantamento mostra que 25,20% dos moradores de BH
consumiram mais de quatro doses de bebida alcoólicas em 30 dias. Com isso, a
capital lidera o ranking da pesquisa. A segunda colocada é Vitória (ES), com
23,28%, seguida por Cuiabá (MT), com 23,17%. Já a capital que menos ingere bebidas alcoólicas é Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul. Apenas 12,8% dos adultos da cidade consumiram
mais doses deste tipo de bebida. Veja o ranking com
todas as capitais: Belo Horizonte (MG): 25,20% Vitória (ES): 23,28% Cuiabá (MT): 23,17% Distrito Federal (DF): 22,54% Salvador (BA): 22,53% Palmas (TO): 22,17% Porto Velho (RO): 21,74% Florianópolis (PA): 21,47% Macapá (AM): 20,42% Rio de Janeiro (RJ): 19,90% João Pessoa (PB): 19,83% Campo Grande (MS): 19,77% Recife (PE): 19,43% Teresina (PI): 18,50% Goiânia (GO): 18,39% Fortaleza (CE): 18,33% Boa Vista (RR): 17,87% São Luís (MA): 17,85% Aracaju (SE): 17,28% São Paulo (SP): 15,82% Natal (RN): 15,40% Belém (PA): 15,31% Curitiba (PR): 15,18% Manaus (AM): 14,80% Rio Branco (AC): 13,67% Maceió (AL): 13,16% Porto Alegre (RS): 12,82% Homens beberam mais A pesquisa levou em consideração os moradores das capitais
brasileiras que consumiram quatro ou mais doses de bebidas alcóolicas, no caso
das mulheres e cinco ou mais doses no caso dos homens. Se for separar por sexo, BH continua liderando a pesquisa
com o consumo de álcool entre os homens: 36,21% dos belo-horizontinos
consumiram bebidas alcoólicas no período e nas doses pesquisadas no
levantamento. No caso das mulheres, em primeiro lugar na lista das que
mais ingeriram bebidas alcóolicas, em 2021, aparecem as moradoras da cidade de
Florianópolis, em Santa Catarina: 17, 55% delas se enquadraram no perfil do
estudo. As mulheres de BH aparecem em quarto lugar. Aumento foi percebido
em hospitais Para o psiquiatra e professor da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) Helian Nunes de Oliveira, o consumo de álcool é um dos
maiores problemas de saúde no Brasil e no mundo. De acordo com o especialista, não existe nível de consumo
seguro de álcool e este aumento apontado na pesquisa é percebido nos hospitais
de BH. "É perceptível aumento do consumo, das demandas nas
urgências, nos consultórios, nos hospitais da capital. Não existe nível de
consumo seguro de álcool. Muitas vezes o jovem não se hidrata e ainda bebe de
estômago vazio, este é um padrão de consumo danoso, que está tendo
vulnerabilidade não apenas do indivíduo, mas vulnerabilidade coletiva, da
família, da comunidade, e vulnerabilidade programática, do nosso governo,
nossos gestores", falou. E o aumento, segundo o psiquiatra, pode ter sido facilitado
pelo contexto da pandemia. "O que a gente observa é que, na pandemia, os bares
estavam fechados e o número de delivery aumentou. Talvez a população tenha
migrado para esse tipo de consumo doméstico", disse. Helian explicou que o álcool causa efeitos cognitivos, como
sintomas de ansiedade, depressão, e se difunde muito facilmente pelo organismo,
produzindo lesões no fígado, estômago, intestino, fígado, além de cardiopatias
alcoólicas, pois o excesso causa lesão de fibras no coração.
"O consumo deveria ser ocasional, para comemorar em
baixas doses", defendeu. g1, com foto: Arquivo/Agência Brasil
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