05/03/2023
Mulher leva cachorro para banho e tosa em pet shop e recebe as cinzas do animal; caso foi parar na polícia
CAMPO GRANDE, MT - Uma tutora deixou o cachorro para
realizar procedimentos de banho e tosa em um pet shop, no bairro Caiçara, em
Campo Grande, e recebeu as cinzas do animal. Rosane Martins, de 38 anos, relata
que Luizinho chegou sadio ao estabelecimento e, horas depois, recebeu a notícia
da morte do pet. O g1 entrou em contato com o estabelecimento, que informou que
o animal teve uma morte súbita. Após a morte, o caso foi parar na Polícia Civil e é
investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e
de Atendimento ao Turista (Decat). Além das investigações na polícia, Rosane
entrou com uma ação na Justiça contra o pet shop. Ao g1, a tutora explicou que levou Luizinho e Belinha, dois
cachorros da raça Shih-tzu, para banho e tosa no pet shop. Assim que chegou,
explicou que o marido iria buscar os animais no fim do dia após os
procedimentos, na terça-feira (28). "Eu deixei o Luizinho e a Belinha no pet, às 12h30, e
fui para o trabalho. Quando eram 16h01, recebi uma mensagem. Era o médico veterinário
me perguntando se era tutora dos cachorros. Perguntei se os cachorros estavam
prontos, o médico não respondeu. Liguei e pediram para que eu fosse ao local,
avisaram que tinha acontecido um acidente com o Luizinho. Insisti para saber o
que tinha acontecido e falaram que o meu cachorro tinha ido a óbito",
relembrou Rosane. Após receber a notícia da morte, Rosane foi de imediato ao
pet shop. No local, pegou Belinha e começou a buscar informações sobre a morte
de Luizinho. A tutora comenta que a versão do médico veterinário é de que o
cachorro morreu após uma convulsão durante o momento em que era secado. "A atendente pegou e me levou até o Luizinho. Ele
estava coberto com a toalha, com pingo de sangue no pescoço e na boca. O
veterinário interveio e disse que ele tinha tido uma convulsão e morrido
durante a secagem. Meu cachorro era o mais saudável, nunca teve nada. Entreguei
meu cachorro bonzinho e agora ele está morto", lamenta Rosane. Ao saber da morte, Rosane acionou a Polícia Militar, que foi
ao pet shop e orientou a tutora a registrar o boletim de ocorrência. Como já se
aproximava do horário de fechamento da delegacia especializada, a tutora
resolveu ir prestar a queixa no outro dia. Antes de deixar o estabelecimento, Rosane diz que uma
funcionária do local sugeriu que o animal fosse cremado. "Aceitei que ele
fosse cremado, me informaram que o procedimento demoraria oito dias. No outro
dia, fui à delegacia, e a polícia me orientou a retirar o corpo e realizar o
procedimento de necropsia para investigar a morte do Luizinho." Rosane recebeu a orientação da polícia e ligou para os
responsáveis do pet shop para retirar o corpo do animal e cancelar o processo
de cremação. Entretanto, a tutora recebeu a informação de que Luizinho já havia
sido cremado e que as cinzas estavam chegando na casa dela. "Eu queria pelo menos as cinzas. Mas pensei que o
processo para cremar ia demorar. Pedi o corpo, e me informaram que já tinham
cremado meu cachorro. Disseram que anteciparam o procedimento. Deixei meu
cachorro saudável e recebi as cinzas dele em casa." Em contato com o g1, o pet shop informou que a morte do
animal foi uma fatalidade. Segundo o veterinário responsável, Luizinho teve uma
morte súbita e que todos os procedimentos para salvar o animal foram
realizados. O estabelecimento também lamentou a morte do animal.
Agora, Rosane, os filhos e os outros animais da família
tentam conviver com a partida de Luizinho. "Ele era muito bonzinho. Meu
filho dormia com ele, era um chamego. Luizinho amava passear, ficava louquinho
quando eu pegava as coleiras. Agora, eu chego em casa, meu cachorro não está
lá. Eu olho, está só a caixinha das cinzas dele." g1, com foto: Arquivo Pessoal/Rosane Martins
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