BRASÍLIA, DF - A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou, nesta segunda-feira (13), à Polícia Federal que ele vai entregar, ao Tribunal de Contas da União, as joias que recebeu do governo da Arábia Saudita até uma decisão final sobre o destino que esse presente deva ter. 

Bolsonaro admitiu que ficou com a caneta, o relógio, um anel, as abotoaduras e uma espécie de terço. O valor estimado desse presente chega a quase R$ 500 mil. 

Decisão do TCU em 2016 proibiu que ex-presidentes guardassem para si presentes recebidos de outros chefes de Estado. O material deveria ser encaminhado ao acervo da Presidência, exceto os considerados personalíssimos ou de consumo pessoal - como comidas, bebidas, roupas e perfumes. 

Uma outra caixa de joias, avaliada em R$ 16,5 milhões, e que conteria supostamente presentes dos sauditas para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entrou ilegalmente no Brasil e foi apreendida pela Receita Federal - apesar de diversas tentativas do governo Bolsonaro de se apoderar delas antes da transição de governo.

JN/g1, com foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil