10/04/2023
Dalai Lama pede desculpas por pedir que menino chupasse sua língua: ato “inocente e brincalhão”
SÃO PAULO, SP - O Dalai Lama, o líder espiritual dos
tibetanos, se desculpou nesta segunda-feira (10) por um vídeo no qual puxa o
rosto de um menino para beijá-lo na boca em um evento público e, de acordo com
a agência de notícias Reuters, pede para que ele chupe sua língua, segundo
mostram imagens que vêm circulando em redes sociais. Em uma nota, o Dalai Lama, de 87 anos, chamou o ato de
"inocente e brincalhão". O vídeo mostra o líder espiritual, que já recebeu o Nobel da
Paz, puxando o rosto de um menino que havia pedido para lhe dar um abraço e
aproximando seus lábios aos dele. O caso ocorre na presença de uma plateia, que
é ouvida batendo palmas e rindo. Na sequência, o Dalai Lama puxa novamente o rosto do menino
e diz "chupe minha língua", esticando então a língua para fora. O
menino mostra resistência. Em um comunicado, o Dalai Lama reconheceu a veracidade do
vídeo, mas falou apenas em um abraço. "Está circulando um videoclipe que mostra uma reunião
recente em que um menino perguntou a sua Santidade o Dalai Lama se ele poderia
lhe dar um abraço. Sua Santidade deseja se desculpar com o menino e sua
família, bem como com seus muitos amigos em todo o mundo, pela dor que suas
palavras podem ter causado." O comunicado afirmou ainda que o líder espiritual
"muitas vezes provoca as pessoas que conhece de uma forma inocente e
brincalhona, mesmo em público e diante das câmeras. Ele lamenta o
incidente". O vídeo mostra imagens de um evento que ocorreu em fevereiro
deste ano organizado por uma organização filantrópica do mercado imobiliário em
Dharamsala, no norte da Índia, onde fica a residência oficial do Dalai Lama. O Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959 após um levante
fracassado contra o domínio chinês no Tibet, é considerado por Pequim um líder
separatista.
Ele trabalhou por décadas para obter apoio global para a
autonomia linguística e cultural na região. Agora, vive em um complexo perto da
cidade de Dharamshala, no norte da Índia. g1, com foto: Reprodução/Redes Sociais
|