05/03/2021

Pedro Cunha Lima crítica “fake news” de Bolsonaro compartilhada por Romero e evidencia racha com ex-prefeito



JOÃO PESSOA - O distanciamento político entre o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e o ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) fica cada dia mais evidente, pois ambos, até o momento, têm o mesmo objetivo: disputar o Governo da Paraíba em 2022. As mais recentes divergências entre ambos se deram sobre a aproximação de Romero com o presidente Jair Bolsonaro, que recentemente divulgou dados distorcidos sobre recursos transferidos aos estados.

 

Segundo Pedro, o presidente e quem repostou tais informações distorcidas, a exemplo de Romero, erraram. “Infelizmente, ele quer fazer política com um falso populismo para se posicionar bem politicamente na pandemia”, disse Pedro, sobre a Fake News postada por Bolsonaro e repostada por aliados do presidente.

 

A informação correta

 

A Controladoria Geral do Estado (CGE) da Paraíba divulgou levantamento sobre os recursos federais recebidos para as ações diretas de combate à covid-19. A gestão estadual recebeu, precisamente, R$ 329.149.660,32 em repasses durante o ano de 2020 e início de 2021. Destes, R$ 138.109.249,29 provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e R$ 191.040.411,03 do recurso emergencial previsto no Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19).

 

Os dados rebatem o post recente do presidente da República Jair Bolsonaro, replicado por aliados como Romero Rodrigues (PSD), apresentado como pré-candidato ao Governo do Estado e em bisca do apoio dos bolsonaristas, que repostou, na íntegra, o conteúdo informando que a Paraíba teria recebido do Governo Federal, para o combate à doença, mais de R$ 21 bilhões, somente no ano de 2020.

 

Pedro Cunha Lima também disse, em entrevista, que não se sente confortável de estar no mesmo palanque de Bolsonaro e seus aliados políticos. “Eu tenho dificuldade, enxergando essas posturas [negacionistas], sobretudo na pandemia. Para mim, isso se torna cada dia mais difícil de se conviver. Ser contra a vacina é criminoso, isso mata muita gente. A gente deveria ter começado isso [vacinação] desde setembro”, afirmou.

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