18/08/2023

‘Rei da Cachaça’ é preso por estuprar menina de 15 anos e um menino de 14



BELO HORIZONTE, MG - Antônio Eustáquio Rodrigues, conhecido popularmente como o “Rei da Cachaça”, foi preso na tarde desta sexta-feira (18/8), em Belo Horizonte. Ele estava foragido desde junho deste ano após ser condenado por estupro e estupro de vulnerável. O homem é proprietário das marcas de cachaça Seleta, Boazinha e Saliboa, todas produzidas em Salinas, no Norte de Minas Gerais. 

O empresário deverá cumprir 15 anos de reclusão, em regime fechado. Antônio já havia sido preso durante as investigações, em agosto de 2014, mas foi solto em novembro do mesmo ano após a Justiça acatar o pedido de revogação da prisão temporária. 

Rodrigues foi acusado de estuprar dois adolescentes, uma menina de 15 anos e um menino de 14 anos. Após a primeira detenção, a Polícia Civil de Minas Gerais recebeu novas denúncias, entre elas mais uma de abuso sexual. Além disso, ele foi acusado de tentativa de homicídio. 

Na época das investigações, a reportagem do Estado de Minas teve acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas. Conforme os documentos, o menino relatou que  estava com a garota, nas proximidades de sua casa, em uma rodovia, na saída de Salinas para a cidade de Rubelita, quando foram abordados por Antônio. 

Ainda segundo o relato da vítima, o empresário teria convidado os adolescentes para irem até sua fazenda. Ao chegarem na propriedade, Rodrigues “após verificar que não tinha ninguém na fazenda, os chamou para entrarem em casa”. Em seguida, o empresário teria convidado os adolescentes para irem até o quarto da casa e que fizessem uma “massagem pelo seu corpo”. 

O jovem ainda afirmou que, com medo de ser deixado na fazenda e ser obrigado “a voltar a pé para casa”, ele e a amiga atenderam aos pedidos de contato sexual feitos pelo fazendeiro. 

Condenação 

De acordo com o Ministério Público, o “Rei da Cachaça” foi condenado por dois estupros e um estupro de vulnerável. Na época em que os crimes vieram à tona, os parentes do “Rei da Cachaça” alegaram que o homem teria “problemas psicológicos e transtorno bipolar”. 

Em 2014, por meio de nota, a Seleta e Boazinha Indústria Comércio Importação e Exportação Ltda, detentora da marca Seleta, afirmou que Antônio estava afastado das atividades de gestão da empresa desde 2006, por decisão do conselho administrativo, por conta de graves problemas de saúde. 

A reportagem procurou a empresa novamente, mas até a publicação desta matéria não obteve nenhum retorno.

EM, com foto: Divulgação/MPMG

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