17/03/2021
Denúncia de desvios em condomínio de luxo termina em morte; síndica e amante são presos
RIO DE JANEIRO - Uma briga de condomínio terminou em morte
no Rio, e os suspeitos do assassinato — a síndica e o amante dela, funcionário
do edifício de luxo, na Barra da Tijuca — foram presos nesta terça-feira (16). Uma câmera de segurança registrou o crime, na manhã do dia
1º de fevereiro, e a polícia inicialmente tratava como um latrocínio. Mas a 27ª DP (Vicente de Carvalho) concluiu que o empresário
Carlos Eduardo Monttechiari acabou morto porque acusou a síndica, Priscilla de
Oliveira, de ter desviado dinheiro do London Green Park. Carlos Eduardo, que já tinha sido síndico do condomínio e
era opositor de Priscilla, tinha marcado para 5 de fevereiro uma assembleia a
fim de apresentar um dossiê com provas contra a gestora. Roubo quase
milionário “A vítima descobriu, com notas fiscais falsas ou fantasmas,
que estavam sendo desviados mais de R$ 800 mil do orçamento do condomínio”,
explicou o delegado Renato Carvalho. Quatro dias antes da reunião, porém, o empresário foi
baleado. Ele estava dentro do carro, na frente do terreno que alugava, na Vila
Kosmos, na Zona Norte, quando um homem o abordou e atirou. Atingido no tórax e no abdômen, Carlos chegou a ser
hospitalizado, mas morreu no dia seguinte. A polícia afirma que o autor dos disparos é Leonardo Lima,
supervisor contratado do London Green Park, casado e amante de Priscilla. Amassado no carro
levou ao autor Nas imagens do crime, os investigadores perceberam que o
carro de onde o assassino desceu tinha um amassado na lataria. Após rastreá-lo,
descobriram que o automóvel estava no nome da mulher de Leonardo. “Esse veículo foi vinculado a um funcionário que tinha um
caso extraconjugal com a síndica”, emendou o delegado. Testemunhas disseram que Leonardo tentou modificar o
veículo: colocou rodas novas e tirou adesivos. Mas o amassado na lateral
permanecia. Ao receber voz de prisão nesta terça, Leonardo tentou fugir,
mas acabou capturado na Avenida das Américas. Ele estava com o mesmo carro
usado no dia do crime. Leonardo e Priscilla não tinham antecedentes criminais. Eles
vão ficar presos temporariamente por 30 dias até que a polícia conclua as
investigações do homicídio. A Polícia Civil ainda investiga quem é o motorista que
ajudou o assassino a fugir. O que dizem os
envolvidos Norley Thomaz Lauand, advogado de Priscilla de Oliveira,
afirmou que a cliente “em momento algum desejou a morte da vítima”. “Com certeza vai ficar concluído que ela não tem
participação alguma. Foi uma atitude isolada do Leonardo, se, por ventura, ele
cometeu, mas ela não contribuiu para isso”, disse.
A TV Globo não conseguiu contato com a defesa de Leonardo
Lima. G1
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